Fenômenos morfofonológicos em nomes da língua indígena Manxineru (Aruák)
Morfofonológicos Manxineru tskihi tokanha (Aruák)
Palavras-chave:
Morfofonologia, Manxineru, Língua indígena, Prefixos possessivos, apagamentos sonorosResumo
Este artigo pretende apresentar os fenômenos morfofonológicos, em especial, aqueles relacionados à morfologia nominal, da língua indígena Manxineru (família Aruák). Descrevemos a estreita relação entre os componentes fonológicos e morfológicos deste idioma, que resulta em reorganização do sistema linguístico. É possível notar diversos processos fonológicos nesta língua motivados pela adjunção de prefixos pessoais possessivos, o que desencadeia mudanças fonológicas em juntura de morfemas, promovendo apagamentos vocálicos, consonantais e silábicos, e fenômenos consequentes, tais como alongamentos compensatórios e a realização de consoantes aspiradas. Esperamos, com este trabalho, contribuir para a descrição dos aspectos morfofonológicos da língua Manxineru.
****
Twu yonawahlo xye kamruretatshi hekakhitanru morfofonológicos, xye hixanuutshi hihlenu, wale hixannu hekakjitatshiri morfologia hiwaktshi, Manxinerunruha (wtokanha tskihi Aruák). Wyonatanru ripxakajinru wannamkojeneko xye tokantshiha fonológicos morfológicos xye nruha rukankakletantanru hiyrunukotnaka xye tokanhakaka. Rexikowaka fonológicos kakoje rixyawaka prefixos pessoais possessivos, kluhe yokmakaklu fonológicos hipxaklu morfemas, hkamhanrupa wenutkaluru vocálicos, consonantais silábicos, hakanhajetatshri hixanutshikaka, Hanu alongamentos compensatórios kamhakaluru consoantes aspiradas. Wkahwajyalu, xye kamrurtsh, repixanru hkahwakanru yonhatshi morfofonológicos Manxinerunruha.
Downloads
Referências
AIKHENVALD, Alexandra Yurievna. The Arawak language family of The Amazonian languages. Cambridge: Cambridge University Press. 1999b, p. 65-106.
CAGLIARI, Luiz. Carlos. Questões de morfologia e fonologia. Campinas: edição do autor, 2002.
CAMPBELL, Lyle. Typological characteristics of South American indigenous languages. In: The indigenous languages of South America: a comprehensive guide. Berlin/Boston: Radboud University Nijmegen, 2012.
______; GRANDONA, Verónica. The indigenous languages of South America: a comprehensive guide. Berlin/Boston: Radboud University Nijmegen, 2012.
CHOMSKY, Noam; HALLE, Morris. The Sound Pattern Of English. Evanston, and London: Harper & Row, 1968.
CLEMENTS, George. Nickerson.; HUME, Elizabeth Valerie. The Internal Organization of Speech Sounds. 1995. In: GOLDSMITH, John Anton. The Handbook of Phonological Theory. Cambridge, Massachusetts: Blackwell, 1995.
COUTO, Fábio Pereira. Conexões entre processos morfofonológicos e acento em Manxineru: a variedade Yine (família Aruák) falada no Brasil. Tese (Doutorado em Linguística). Brasília: UnB, 2016. 368 p.
______. Contribuições para a Fonética e fonológica da língua Manxineru (Aruák). Dissertação (Mestrado em Linguística). Brasília: Universidade de Brasília, 2012, 128 p.
______. Considerações Preliminares sobre os processos de vozeamento, nasalidade e dessoantização em Manxineru (Aruák). In: Linguística. Rio de Janeiro: UFRJ, 2014, p. 135-148.
HASPELMATH, Martin; SIMS, Andrea D. Undestanding Morfology. New York: Oxford University Press, 2002.
HAYES, Bruce. A Metrical Stress Theory of Stress Rules. Doctoral dissertation (PhD). Cambridge, Massachusetts: MIT, 1981, 341 p.
______. Metrical Stress Theory. Chicago: The University of Chicago, 1995.
______. Metrical Stress Theory: principles and case studies. Los Angeles, University of California, 1991.
HOCK, Hans Henrich. Principles of Historical Linguistics. 2. ed. Berlin; New York, Mouton de Gruyter, 1991.
______. Compensatory lengthening: In defense of the concept Mora. Mouton: Mouton Publishers, 1986, p. 400-431.
LADEFOGED, Peter. On dividing phonetics and phonology: comments on the papers by Clements andby Browman and Goldstein. In John Kingston and Mary E. Beckman (eds). Papers in Laboratory Phonology I. Between the grammar and physics of speech. Cambridge/UK: Cambridge University Press, 1990b, p. 398-405.
______. Vowels and Consonants: an Introduction to the Sounds of Languages. Malden/MA, USA: Blackwell Publishing, 2001.
______. A Course in Phonetics. California, Los Angeles: Harcourt Jovanovich, Inc. 1975.
LIN, Yen-Hwei. Syllabic and Moraic Structures in Piro. In: Phonology, Michigan, vol. 14, n. 3, 1997, p. 403-436.
MATISOFF, James A. Rhinoglottophilia: the mysterious connection between nasality and glottality. Nasálfest, ed. by Charles A. Ferguson, Larry H. Hyman, and John J. Ohala. Stanford University Press, 1975.
MATTESON, Esther. The Piro (Arawakan) language. California, USA: University of California, 1965.
RAMIREZ, Henri. Línguas Arawak da Amazônia Setentrional: comparação e descrição. Manaus, Universidade do Amazonas, 2001.
RODRIGUES, Aryon Dall’Igna. Línguas Brasileiras: para o conhecimento das línguas indígenas. 4. ed. São Paulo: Loyola, 2002.
______. Silêncio, nasalidade e laringalidade em línguas indígenas brasileiras. Letras de Hoje, v. 38, n. 4. Porto Alegre, 2003. p. 11–24.
SILVA, Edineide dos Santos. Aspectos gramaticais da língua indígena Manxinéri (Aruák). Tese (Doutorado em Linguística). Brasília: Universidade de Brasília, 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
1.Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista. A Revista usa a Licença CC BY que permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. É a licença mais flexível de todas as licenças disponíveis. É recomendada para maximizar a disseminação e uso dos materiais licenciados.
2.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório digital institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal, nas redes sociais) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Trata-se da política de Acesso Livre).