A compreensão responsiva ativa no gênero do discurso conversação

A kutitwisa ka kuhlamula kuneni he ka Matsamela ya Mabulu

Autores/as

  • Jerónimo Pascoal Balata Universidade Licungo - Moçambique

Palabras clave:

Compreensão Responsiva, Gêneros Discursivos, Conversação

Resumen

O artigo rebenta concomitantemente com a preocupação que temos com as práticas discursivas espontâneas dos indivíduos em diferentes esferas da actividade humana. Destacando, a conversa enquanto um espaço privilegiado para a troca de impressões e ideologias entre os sujeitos da interação em contextos sociais mais amplos (informais ou corriqueiros) e restritos (complexos ou formais). Buscamos teórica-analiticamente compreender essas facetas que permeiam e subjazem a conversação, evidenciando aspectos constitutivos da compreensão no gênero de discurso conversação, de modo a problematizar aspectos concernentes a compreensão responsiva ativa de Bakhtin em um acto conversacional de interlocutores socialmente organizados. Assim sendo, objectivamos de forma específica, destacar como se realiza a compreensão responsiva ativa no gênero do discurso conversação; identificar a contribuição do conhecimento dos gêneros discursivos no âmbito da tomada de atitude responsiva ativa e descrever de que maneira se realiza a alternância de turnos conversacionais no gênero discursivo conversação. Assim, elegemos a metodologia direccionada por meio de um estudo bibliográfico. A conclusão sugere que todo ato de compreensão é uma resposta, ou seja, ao se compreender a palavra enquanto signo ideológico, nasce de forma exterior ou interior, imediata ou mediata uma atitude em que determinado interlocutor posiciona-se sobre determinado discurso. Deste modo, o conhecimento de gêneros discursivos para a tomada de atitude é imprescindível, pois emolduram a linguagem a ser usada em função do interlocutor. Por assim se dizer, podemos inferir que muitas vezes na conversação, a atitude responsiva ativa ocorre de forma imediata e situada em voz alta.

***

 A xigozo lexi xi huma azwin'wi ni kunavela ka hina kutiva a matsamela  yamawulawulela ya vanhu kamandawu ya kuhambana-hambana. Ngovu ngovu amabulu namahi  ncumu leci ca cinene ka kunyikana amahungu mun'wani na mun'wanyani ka mabulu ya siku ni siku, kambi ni lawa  ya xihlonipu. Hi languta kutitwisa amincumu leyi hinkwayu yimahaku  amabulu,  na hikombikisa  amincumu leyi  yi wumbaku  akutitwisa amatsamela ya kuhambana-hambana ka mabulu na hilava akukombisa amamahekela ya mincumu ya kufambelana ni kutitwisa amawonela ya Bakhtin he ka mabulu ya vanhu vanga hlangana, hi kwalahu, na hilava akukombisa amamahekela ya kutitwisa ni kuhlamula loku kuneni lomu mabulwini.  Hi kukombisa a lisima ya kutiva amatsamela ya kuhambana-hambana  ka mabulu lomu ka kuhlamula loku kunene; kuhlawutela  amamahekela ya kunyiketana a gezu lomu kamabulu. Mayelano, hilangile amamahela ya ku fambelana ni xigodzelo ca mabuku.   Amagamela makombikisa lezwaku konthle akutitwisa  hi kuhlamula, nakona, loku munhu atitwisa gezu nagihi xikombiso ca matsamela ya ku pimisa ka vanhu, a cikari  kambi ni handle ka yena kuhuma amatsamela lawa mantswa a mpambeni ka mabulu ya kukari. Hi kwalahu, akutiva amatsamela ya kuhambana-hambana i zwa lisima. Akuva zwalongisa amawulawulela lawa mafambelanaku ni munhu wakona. Hi mawulela lawo, hingavona lezwaku  amakati yakutala lomu ka mabulu, amahlamulela lawa ya manene mamaheka hi kuhakisa he kamatsamela ya ndawu yakona  hi gezu ga kuzwala.

Biografía del autor/a

Jerónimo Pascoal Balata, Universidade Licungo - Moçambique

É Licenciado em Ensino de Português com Habilitação em Ensino de Português Língua Estrangeira pela Universidade Licungo (UL), Faculdade de Letras e Humanidade, sediada na cidade de Quelimane-Moçambique. Actualmente é Consultor-chefe do projecto em andamento “Consultoria e Mentoria em Letras JPBalata, com enfoque em línguas (Bantu, Portuguesa, Inglesa e francesa) Presencial/Virtual, importa referir que ainda não foi credenciado.

Citas

Bakhtin, M. M. (2003). Estética da criação verbal. Trad. Paulo Bezerra. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes.

Bakhtin, M. (1998). O discurso na poesia e o discurso no romance. In: Bakhtin, M. (Org.). Questões de literatura e de estética. São Paulo, UNESP, 1998.p.334-434.

_________. (2006). Marxismo e Filosofia da Linguagem. Trad. de Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Hucitec.

_________. (1993). Para um Filosofia do Ato, Trad. Carlos Alberto Faraco Cristóvão Tezza. Austin: University of Texa Press.

______. (1997). Problemas da Poética de Dostoievski. Tradução Paulo Bezerra. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense-Universitária.

_______. (1992). Questões de Estética e de Literatura. 3.ed. São Paulo: UNESP/Hucitec.

Bambo, P. M. (2019). Os gêneros linguístico discursivos: um factor de inclusão no ensino da Língua Portuguesa. Universidade Pedagógica, Maputo.

Briz, A. (2000). Turno y alternancia de turno de la conversación. Revista Argentina de Linguística. v.2, n.3, p.219-242.

Dionísio, A. P. (2004). Análise da conversação. In: Mussalim, F.; Bentes, A. C. (Org.). Introdução à linguística: domínios e fronteiras. 4. ed. São Paulo: Cortez. p.23-84.

Fávero L. L. et alii. (2010). Interação em diferentes contextos. In: Bentes, A.C; Leite, M.Q (Org.). Linguística de texto e análise da conversação: panorama das pesquisas no Brasil. São Paulo: Cortez, p. 91-158.

Galembeck, P. T.; Costa, N. S. da. (2009). Alternância e participação: a distribuição de turnos na interação simétrica.Anais Celi – Colóquio de estudos linguísticos e literários, Maringá, 3, p. 1937-1944.

Gil, A. C. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas.

Koch, P. W. (2003). Linguagem da imediatez – linguagem da distância: oralidade e escrituralidade entre a teoria da linguagem e a história da língua. Trad.Hudinilson Urbano e Raoni Caldas. Linha D´Água, v.4, no IV.

Lakatos, E. M.; Marconi, M. A. (2001). Fundamentos metodologia científica. 4.ed. São Paulo: Atlas.

Marcuschi LA. (1988). Questões atuais na análise da conversação. 3º Encontro Nacional da ANPOLL. 3.jul. Recife: ANPOLL. p. 319-335.

Marcuschi, L. A. (2003). Análise da conversação. 5. ed. São Paulo: Ática.

Marcuschi, L. A.(1986). Análise da Conversação. São Paulo: Ática.

Martinez, L. V. M. R; Lonardoni, M. (2013). Gêneros discursivos e o ensino da leitura e da escrita. Paraná Governo do Estado, Secretaria do Estado. Parana, Cardernos PDE.

Sacks, H.; Schegloff, E.; Jefferson, G.(1974). A simplest systematics for the organization of turn taking for conversation. Veredas: Revista de Estudos Linguísticos, Juiz de Fora, v. 7, n. 1- 2, p. 9-73.

Silva L, A. (2015). Análise da Conversação e oralidade em textos escritos. Filolologia Linguíst. Port., São Paulo, v. 17, n. 1, p. 131-155.

Stella, P. R. (2007). Palavra. In: Braith, B. (Org.). Bakhtin: conceitos-chave. São Paulo: Contexto. p. 177-190.

Tannen, D. (2010). Quem está interrompendo? Questões de dominação e controle. In: Ostermann, A. C.; Fontana, B. (Org.). Linguagem, sexo, sexualidade. São Paulo: Parábola Ediytorial, p. 67-92.

Volochínov, V. N.; Bakhtin, M. M. (1999). Discurso na vida e discurso na arte (sobre poética sociológica). Trad. de Carlos Alberto Faraco e Cristóvão Tezza. Rio de Janeiro. Forense Universitária.

Publicado

14-12-2023

Cómo citar

Balata, J. P. (2023). A compreensão responsiva ativa no gênero do discurso conversação: A kutitwisa ka kuhlamula kuneni he ka Matsamela ya Mabulu. NJINGA&SEPÉ: Revista Internacional De Culturas, Línguas Africanas E Brasileiras, 3(Especial II), 116–133. Recuperado a partir de https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1095