A importância da endogeneidade e das africanidades no Ensino crítico da História:
O elo que Faltava entre o pós-Colonialismo e a pós-Libertação
Resumo
O artigo procura responder ao apelo da experiência local no processo de exame, classificação, rearranjo, que significa a endogeneidade, i.e., discursos e experiências ontológicas africanas. Dialoga com o pós-colonialismo, complementando-se com a perspetiva pós-libertação, que comunica, por sua vez, bastante bem com as contribuições teóricas produzidas em África e na diáspora. Procurou-se fazer uma desconstrução vigilante que, até certo ponto, advém da tradição de algumas escolas africanas como Ibadan, Dar Es Salaam e Dakar. O diálogo com a africanidade e endogeneidade agrega contribuições teóricas de alguns pensadores africanos sobre a situação (passada e presente) do continente, procurando recuperar a “criatividade endógena” na abordagem dos assuntos africanos, trazendo para a discussão a importância daquilo que chamamos de agenda(s) de libertação.