TRAJETÓRIAS DE JORNALISTAS NEGROS
RECONHECENDO LUGARES SEGUROS E FORTALECENDO REDES DE AFROAFETO, APOIO E RESISTÊNCIAS
Palavras-chave:
Jornalismo; Trajetórias de vida; Cotistas; Redes de Afroafeto; Apoio e Resistências.Resumo
Este artigo compreende as trajetórias de jornalistas negras e negros que ingressaram em universidades públicas e privadas por meio de cotas raciais. A pesquisa tem como proposta enegrecer e observar a (re)construção de lugares seguros para a profissionalização, além do fortalecimento de redes de apoio, redes de resistências e redes de afroafeto. A partir de uma abordagem que considera a interseccionalidade de marcadores sociais, busca-se entender como as trajetórias de vida dos participantes interagem com suas aspirações e a construção de sua identidade profissional. O estudo relembra ainda a importância do movimento negro na luta pela educação e na luta antirracista, analisa as desigualdades entre brancos e pretos no Brasil e enriquece a discussão sobre as imagens de controle que afetam esses profissionais da comunicação, mas que refletem as vivências de boa parte da população brasileira em diáspora. Os resultados visam contribuir para a visibilidade e representatividade no campo da comunicação, além de colaborar com os estudos sobre “redes de afeto” e “trajetórias de vida”.