Genealogia em Gilles Deleuze e Michel Foucault

por uma ciência nômade

Autores

  • Izabel Rizzi Mação Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
  • Davis Moreira Alvim Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

Palavras-chave:

Genealogia, História, Ciência Nômade

Resumo

A genealogia opera como uma ciência nômade. Enredada aos princípios do jogo – conflito, acaso, simulação e vertigem –, ela se coaduna a saberes ambulantes, que não cessam de seguir os fluxos, as desterritorializações, os modelos hidráulicos e as heterogeneidades. A partir das reverberações da proposta genealógica de Friedrich Nietzsche, elabora-se um encontro entre os pensamentos de Michel Foucault e Gilles Deleuze, autores que reinventam a genealogia nietzschiana. Observam-se suas orientações em direção à produção da genealogia da história, destacando os aspectos nômades ou menores presentes nesse processo interpretativo. Enfim, elucidam-se três aspectos da genealogia, elementares para a análise histórica: a avaliação das origens, a crítica como elemento diferencial da avaliação e a criação de novos valores.

Biografia do Autor

Davis Moreira Alvim, Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), professor do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), professor do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Humanidades do Instituto Federal do Espírito Santo (PPGEH/Ifes) e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo (PPGPsi/Ufes).

Referências

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Publicado

11-01-2020

Edição

Seção

Dossiês Temáticos