Alucinação: suportar o dia-a-dia como aposta metodológica
Resumo
Este texto parte de uma pesquisa de mestrado realizada através do Programa de Psicologia Institucional, da Universidade Federal do Espírito Santo, entre os anos de 2017 e 2019. A referida pesquisa buscou compor um trabalho, junto às crianças, sobre como estas aproveitam as brechas nos discursos e práticas que regulam corpos, gêneros e sexualidades. A pesquisa se deu na maior parte do tempo em duas praças públicas do município de Vitória, no Espírito Santo. Considerando as circunstâncias e condições do campo, as pesquisas com cotidianos se mostraram uma escolha interessante para trilhar o caminho metodológico no trabalho. A partir das considerações de Alves (2015), Certeau (2014), da música alucinação do compositor Belchior, dentre outros, entendemos que a praça, enquanto campo, convidava a pesquisadora a se colocar em posição de disposição aos diversos rumos que as brincadeiras, conversas e práticas da praça poderiam indicar para a pesquisa. Enquanto ocupava os espaços, a pesquisadora também se tornava praticante dos cotidianos, desse modo, as implicações com o campo apareceram durante todo o trabalho. O percurso apresentado no texto não busca ser tomado como um manual, mas como contribuição para caminhos metodológicos comprometidos com as experiências dos praticantes de cotidianos.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
Para conhecer mais sobre essa licença: <https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/>.