Território conquistado: música de protesto e conscientização

Autores

  • Maria Luíza Carvalho Meireles Brandão UNILAB
  • Juliana Dourado Bueno Universidade da Integração Internacional e Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB)

Palavras-chave:

Representatividade, Música de Protesto, Feminismo Negro, Larissa Luz, Território Conquistado

Resumo

Este ensaio foi escrito com o intuito de apresentar um estilo de música composto por mulheres e que a partir do seu engajamento como feministas negras passam a se posicionar neste meio buscando levar representatividade e empoderamento para meninas e mulheres negras. O objetivo é compreender os seus processos e como se desenvolvem as abordagens das vivências femininas negras e sua luta constantes expostas nas “músicas de protesto”. Desse modo, a utilização das músicas politizadas como uma possível ferramenta de resistência que compõe a partir dos contextos dessas mulheres, propõe uma inovação na forma de se discutir sobre temas como machismo, racismo, autoestima da mulher negra e sexualidade. São feitas análises de algumas composições do disco Território Conquistado da artista Larissa Luz, também observando entrevistas em que participou. A abordagem desse trabalho é qualitativa: passando pela fase exploratória relativo a autores(as) e cantoras que escrevem em meio a música de protesto, vivências femininas negras, empoderamento e opressões; e pelas análises de dados, sobre vida, concepções e músicas de Larissa Luz. Este trabalho ressalta a importância da inserção das mulheres negras dentro da música de protesto como um espaço em que se é pertinente levar pautas do feminismo negro, sobre resistência, empoderamento e também desigualdades, que por meio deste reverenciam nomes de mulheres relevantes para o processo identitário, assim afirmando que essas músicas contribuem para transformações sociais, além de ajudar no processo das meninas negras que passam a assumir suas identidades e sua cultura.

Biografia do Autor

Maria Luíza Carvalho Meireles Brandão, UNILAB

Graduanda no curso Bacharelado em Humanidades na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), com o objetivo de fazer Pedagogia na terminalidade. 

Juliana Dourado Bueno, Universidade da Integração Internacional e Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB)

Socióloga e Cientista Social, possui mestrado e doutorado na UFSCar e fez ainda, doutorado sanduíche na Universidade de Sevilha (Espanha). Prof.ª Dout.ª da Unilab no curso de Ciências Sociais.

Referências

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Publicado

25-03-2020

Edição

Seção

Dossiês Temáticos