Território conquistado: música de protesto e conscientização
Palavras-chave:
Representatividade, Música de Protesto, Feminismo Negro, Larissa Luz, Território ConquistadoResumo
Este ensaio foi escrito com o intuito de apresentar um estilo de música composto por mulheres e que a partir do seu engajamento como feministas negras passam a se posicionar neste meio buscando levar representatividade e empoderamento para meninas e mulheres negras. O objetivo é compreender os seus processos e como se desenvolvem as abordagens das vivências femininas negras e sua luta constantes expostas nas “músicas de protesto”. Desse modo, a utilização das músicas politizadas como uma possível ferramenta de resistência que compõe a partir dos contextos dessas mulheres, propõe uma inovação na forma de se discutir sobre temas como machismo, racismo, autoestima da mulher negra e sexualidade. São feitas análises de algumas composições do disco Território Conquistado da artista Larissa Luz, também observando entrevistas em que participou. A abordagem desse trabalho é qualitativa: passando pela fase exploratória relativo a autores(as) e cantoras que escrevem em meio a música de protesto, vivências femininas negras, empoderamento e opressões; e pelas análises de dados, sobre vida, concepções e músicas de Larissa Luz. Este trabalho ressalta a importância da inserção das mulheres negras dentro da música de protesto como um espaço em que se é pertinente levar pautas do feminismo negro, sobre resistência, empoderamento e também desigualdades, que por meio deste reverenciam nomes de mulheres relevantes para o processo identitário, assim afirmando que essas músicas contribuem para transformações sociais, além de ajudar no processo das meninas negras que passam a assumir suas identidades e sua cultura.
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