O bullying escolar no Brasil: reflexões gendradas e a emergência de olhares interseccionais
Resumo
O Bullying começou a ser estudado na Suécia, na década de 1970. É conceituado como um conjunto de comportamentos agressivos, físicos ou psicológicos, como humilhar, chutar, empurrar, apelidar, discriminar, isolar e excluir, ocorrendo de forma intencional e repetitiva. No Brasil, onde várias estruturas se articulam entre si, como o racismo, a homofobia, transfobia, lesbofobia, misoginia, lançar um olhar sobre qualquer tipo de violência sem uma proposta interseccional pode incidir na invisibilização dos sofrimentos psíquicos de estudantes que são diariamente atravessados por esses eixos de opressão. Se a escola tem responsabilidade na produção e desenvolvimento de novos cidadãos e cidadãs para a sociedade, trazendo no bojo dos seus planos pedagógicos a prioridade no combate às violências e o fomento da consciência e importância do respeito e da diferença, precisamos questionar qual o modelo de educação é viável para romper com a desigualdade e assimetrias de gênero, raça, sexualidade e outros marcadores identitários. O interesse por esse estudo é uma tentativa de compreensão do bullying a partir de uma perspectiva gendrada e interseccional, questionando produções científicas nacionais que articulam os estudos sobre esse fenômeno escolar e gênero, na sua maioria, ainda com uma lógica dicotômica do sexo biológico.
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