O bullying escolar no Brasil: reflexões gendradas e a emergência de olhares interseccionais

Autores

  • Almerson Cerqueira Passos Universidade Federal da Bahia - UFBA

Resumo

O Bullying começou a ser estudado na Suécia, na década de 1970. É conceituado como um conjunto de comportamentos agressivos, físicos ou psicológicos, como humilhar, chutar, empurrar, apelidar, discriminar, isolar e excluir, ocorrendo de forma intencional e repetitiva. No Brasil, onde várias estruturas se articulam entre si, como o racismo, a homofobia, transfobia, lesbofobia, misoginia, lançar um olhar sobre qualquer tipo de violência sem uma proposta interseccional pode incidir na invisibilização dos sofrimentos psíquicos de estudantes que são diariamente atravessados por esses eixos de opressão. Se a escola tem responsabilidade na produção e desenvolvimento de novos cidadãos e cidadãs para a sociedade, trazendo no bojo dos seus planos pedagógicos a prioridade no combate às violências e o fomento da consciência e importância do respeito e da diferença, precisamos questionar qual o modelo de educação é viável para romper com a desigualdade e assimetrias de gênero, raça, sexualidade e outros marcadores identitários. O interesse por esse estudo é uma tentativa de compreensão do bullying a partir de uma perspectiva gendrada e interseccional, questionando produções científicas nacionais que articulam os estudos sobre esse fenômeno escolar e gênero, na sua maioria, ainda com uma lógica dicotômica do sexo biológico.

Biografia do Autor

Almerson Cerqueira Passos, Universidade Federal da Bahia - UFBA

Psicólogo (2011) pela Universidade Salvador - UNIFACS. Especialista em Docência do Ensino Superior pela Universidade Salvador - em formação. Mestrando pelo Programa de Pós Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo, pela Universidade Federal da Bahia (2018). Membro participante do grupo de estudos sobre Gênero e Sexualidade na Escola, pelo Núcleo de Pesquisa em Cultura e Sexualidade da Universidade Federal da Bahia (2017). Tem interesse por pesquisas em Gênero, Sexualidade, Educação, Cultura e Psicologia.

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Publicado

03-11-2019

Edição

Seção

Artigos