Manda Nudes: Os "crushes" gays nos aplicativos fast foda de relacionamentos

Autores

  • José Damião Trindade Rocha UFT
  • Marcos Irondes Coelho

Palavras-chave:

aplicativos; sociabilidade de pessoas LGBTQI ; interações e curtições.

Resumo

Com classificação do grau de pegação e com maior chance de sexo, os aplicativos estão se multiplicando e bombando na rede social online. Um desses aplicativos é apresentado com chamada do tipo: se você é um garoto à procura de garotos, esse é seu aplicativo. Com ele você pode ver outras pessoas perto de você e, se eles gostam de garotos, de garotos e garotas ou só querem saber como funciona a coisa toda. O texto resulta das pesquisas que vimos fazendo no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/UFT) nos últimos cinco anos e retrata as interações das pessoas LGBTQI+ nas redes online, comunidades virtuais ou nos aplicativos. É uma pesquisa qualitativa, de cunho descritivo e analítico, na perspectiva da Netnopesquisa. Dentre outros aspectos o app mostra a quantos metros de distância cada pessoas está de você e tem a opção de chat imediato e envio de fotos. E como o app não é integrado necessariamente ao Facebook ou outra rede social, você pode garantir seu anonimato. O que estes app promovem de interações e curtições são as questões importantes para pensarmos a sociabilidade gay na rede mundial de computadores e o crush como paixão subida, rápida e efêmera.

Referências

COSTA, Milane do Nascimento; SILVA JÚNIOR, Claudio Gomes. “Que Bicha É Essa?” uma análise da cultura gay na internet: comportamentos, subjetividades e linguagens. In: Anais do V Reunião Equatorial de Antropologia, XIV Reunião de Antropólogos do Norte e Nordeste, Maceió: UFAL, p. 1-13, 2015.

CHRISTAKIS, Nicholas A; FOWLER, James H. O poder das conexões: a importância do networking e como ele molda nossas vidas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

FRANCO, I. Redes sociais e a ead. In: FREDRIC, M; FOMIGA, M. (Orgs.) Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson, 2012.

HINE, Christine. Etnografía virtual. Colección nuevas tecnologias y sociedade. Barcelona: UOC, 2004.

LORENZO, Eder Maria. A utilização das redes sociais na educação. 3. ed. Rio de Janeiro: Clube de Autores, 2013.

LOURO, Guacira Lopes. Pedagogias da sexualidade. In: LOURO, Guacira Lopes. (Org). O corpo educado: pedagogia da sexualidade. Traduação Tomás Tadeu da Silva. 3. ed. 2. reimp. Belo Horizonte: Autênntica, p. 7-34, 2016.

MISKOLCI, Richard. “Discreto e fora do meio”: notas sobre a visibilidade sexual contemporânea. In: Cadernos Pagu (44), p. 61-90, jan.-jun. 2015. Disponível em <http://www.scielo.br> Acesso em 19 jun. 2018.

ROCHA, Damião. No corpo whey protein de falsos heteros as gays “barbies” rechaçam o corpo feminil das gays “pintosas” passivas. In: Artefactum, ano VIII, n. 02, p. 1-13, 2016.

VERMELHO, Sônia Cristina. et al. Refletindo sobre as redes sociais digitais. In: Educação e Sociedade, Campinas, v. 35, n. 126, jan. a mar., p. 179-196, 2014. Disponível em <http://www.cedes.unicamp.br> Acesso em: 7 fev. 2017.

Downloads

Publicado

11-02-2019

Edição

Seção

Artigos