Implicação morfossemântica da categoria ‘género’ dos nomes bantu no português falado em Luanda

Autores/as

Palabras clave:

Categoria De Género, Morfossemântica, Línguas Bantu, Angola

Resumen

A presente abordagem descreve a implicação morfossemântica da categoria ‘género’ dos nomes bantu no português falado em Luanda é uma constatação quotidiana que, para ser concretizada recorreu-se à indução e observação direta para além da técnica bibliográfica e descrição contrastiva. Obviamente, o convívio secular das línguas bantu e o português faz com que os citadinos de Luanda, sobretudo, falantes em simultâneo do português e uma língua bantu de Angola ou khoisan, não tenham dificuldades queira de entender queira de utilizar as expressões ‘filho de mulher’, filho de homem’, ‘avô de homem’ ou ‘avó de mulher’ cuja origem é das línguas bantu para simplesmente significar em português ‘o filho/a filha’, ‘o avô/a avó’. Por isso que em bantu, o género distintivo para o masculino e o feminino é apenas marcado em nomes humanos e animais cujo critério é natural, ou seja, o sexo. Ao passo do português que utiliza os dois critérios: natural e gramatical.

****

Cisoneko aci cinahanjika kutvwala ha kulipanda ca cihanda ca ‘ulunga nyi uphwo’ wa majina mu phutvu akwiza mu majina amalimi acisemwa mu Angola. Kucapwa kulingiwa hamutelo wakutalatala ca tangwa ha tangwa nyi kushishika ca kutangatanga nyi kuhunana ca majina aco. Camwenemwene, kutvwama ca malimi a wutvu, a khoyi nyi phutvu cacaneha kuliseleka ca malimi mumyakhulula nyi myakhulula ya myaka ndo musono. Ulunga nyi uphwo mumalimi a mu Angola wakulingiwa wikha mumajina a atvu nyi a tvushitvu, cinalumbuka ngwo wikha atvu akwe ulunga nyi uphwo, nawa tvushitvu akuhandvununa ukhuji nyi ucihwo, mba majina a yuma yeswe kashikuhandvununa ilayi yino. Mba mulimi lya phutvu majina eswe a atvu, a tvushitvu nyi yuma eswe kakuhandvununa ilayi ino ya ulunga, uphwo, ukhuji nyi ucihwo cipwe yuma yize kuyakwetele we ulungaliso. Keshika, akwa kuhanjika malimi ayisemwa nyi phutvu hamuwikha kakutongola majina wano ‘mwana wa phwo’, ‘mwana wa lunga’, ‘khakha wa phwo’, khakha wa lunga’ alioze mukwa phutvu wika keshi kuhasa kucinyingika nyi kashikuhanjika limwe limi lya cisemuko ca Angola. 

 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Daniel Peres Sassuco, Universidade Agostinho Neto - Angola

Professor Auxiliar da Faculdade de Humanidades da Universidade Agostinho Neto. Doutorando em Língua, Cultura e Sociedade na Universidade Zambeze (UniZambeze); Licenciado e Bacharel em Pedagogia Aplicada em Francês-Linguística Africana pelo Instituto Superior Pedagógico (ISP) de Lubumbashi na República Democrática do Congo. Mestre em Tratamento de Informação e Comunicação Multilingue pela Universidade Autónoma de Barcelona de Espanha. Agregado em ensino superior pela Universidade Agostinho Neto. Lecciona Sociolinguística, Introdução à Linguística Bantu, Morfologia das Línguas Bantu e Linguística Contrastiva. Membro do Grupo de Frassemas para o Dicionário Electrónico (GFDEL) da Universidade Autónoma de Barcelona; do Conselho Científico da Revista NJINGA E SEPÉ da Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab); da Abralin e do GRECORPA-Angola, bem como colaborador da Cátedra de Língua Portuguesa da Universidade Católica de Angola. Interessa-se às pesquisas de Descrição linguística, Estudos contrastivos, Políticas linguísticas, Tradução sentido-texto, Onomástica e Lexicografia, Recolha de dados orais (provérbios, contos, canções, adivinhas). Autor de uma série de artigos científicos, capítulos de livros, co-organizador de E-book e palestrante de várias comunicações a nível nacional, regional e internacional.

Citas

ANDRIAMAMONJY, P. (2000). Le rôle du genre gramatical au cours de la reconnaissance de noms. L’année psychologique, vol. 100, nº 3. pp. 419-442.

ARMELIN, P. (2014). Classifying Nominals in Brazilian Portuguese: a Unified Account for Gender and Inflectional Class. In: JANEBOVÁ, L.V. (Org). Complex visibles out there: language use and linguistic structure. 1ed. Olomouc: Palacký University, pp. 67-82.

AUGUSTO, M. R. A.; CORRÊA, L. S. (2005). Marcação de gênero, opcionalidade e genericidade: Processamento de concordância de gênero no DP aos dois anos de idade. Linguística, Rio de Janeiro, vol. 1, nº 2, p. 207-234.

AZEREDO, M. O. et al. (2015). Gramática prática de português, da comunicação à expressão, 3º Ciclo e Ensino Secundário, Lisboa Editora.

BUSCH, A.; STENSCHEKE, O. (2014). Germanistische Linguistik. Tübingen: Narr.

CANÇADO, M. (2013). Manual de Semântica: noções básicas e exercícios. Contexto, São Paulo.

CARAVALHO, D. (2018). O traço de género na morfossintaxe do português. D.E.L.T.A, vol.34, nº2, pp. 635-660.

CORBETT, G. G. (1991). Gender. Cambridge University Press, London.

GALLISSON, R.; COSTE, D. (1983). Dicionário de Didáctica das Línguas. Livraria Almedina, Coimbra.

LAGARDE, M. (1996). La multidimensionalidad de la categoría género y del feminismo. Ediciones Episteme, SL.

MIGUEL, M. H. S.; ALVES, M. A. (2016). Saber+ Manual de Língua Portuguesa para o ensino universitário. Edição de autores, Luanda.

ROCHA, A. (1997). Termos Básicos de Literatura, Linguística e Gramática. Edição 6711, Publicações Europa-América, Mira- Sintra.

YULIUVA, F. G. (2006). “Acerca del género como categoría analítica”. Nómadas Revista Crítica de Ciencias Sociales y Jurídicas. Nº 13. Universidad de Oriente Santiago de Cuba.

Publicado

08-09-2024

Cómo citar

Sassuco, D. P. (2024). Implicação morfossemântica da categoria ‘género’ dos nomes bantu no português falado em Luanda . NJINGA&SEPÉ: evista nternacional e ulturas, Línguas fricanas rasileiras, 4(2), 64–80. ecuperado a partir de https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1813

Número

Sección

Seção I - Artigos inéditos e traduções/interpretações

Artículos más leídos del mismo autor/a