Mandinga - Revista de Estudos Linguísticos (ISSN: 2526-3455)
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<p>Com periodicidade semestral, a <strong>Mandinga – Revista de Estudos Linguísticos</strong> recebe, em regime de fluxo contínuo, contribuições inéditas de graduandos, graduados e pós-graduados na área da linguística, assim como trabalhos que abordem questões relacionadas a políticas linguísticas para internacionalização e promoção da língua portuguesa. São aceitos artigos experimentais, artigos de revisão de literatura, ensaios e resenhas. Ver normas para publicação em "SOBRE A REVISTA" > "SUBMISSÕES".</p> <p>Qualis capes: B2</p>pt-BRMandinga - Revista de Estudos Linguísticos (ISSN: 2526-3455)2526-3455<span>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:</span><br /><br /><ol type="a"><ol type="a"><li>Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/" target="_new">Licença Creative Commons Attribution</a> que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</li><li>Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</li><li>Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja <a href="http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html" target="_new">O Efeito do Acesso Livre</a>).</li></ol></ol>Expediente
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Otávia Marques de Farias
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2024-06-302024-06-3081Relato de experiência do estágio supervisionado: a importância do estudo de gêneros acadêmicos e discursivos na universidade
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<p><span style="font-weight: 400;">Este trabalho consiste na apresentação de um relato de experiência no ambiente de ensino superior de uma universidade estadual pública baiana no curso de licenciatura em Letras Vernáculas. Considerando a necessidade de um direcionamento para os discentes que ingressaram na universidade, durante um componente curricular que faz parte do estágio supervisionado, os estudantes concluintes do curso de licenciatura em Letras mobilizaram uma ação visando o acolhimento, as discussões crítica-reflexivas e orientações dos estudantes ingressantes na universidade, com o propósito de ingressar os novos licenciados no universo acadêmico, elevar a qualidade do ensino e a formação cidadã. Assim, considerando os pressupostos teóricos que buscam a reflexão da educação superior, Lima e Pimenta (2006), Guerra (2014), Luckesi (2001), Andrade (2005), Libâneo </span><em><span style="font-weight: 400;">et al</span></em><span style="font-weight: 400;"> (2012) e outros, como também de autores que tratam do gênero acadêmicos e discursivos Machado (2002) Matencio (2003) e Mota, Magalhães e Franco (2020) realizou-se momentos de reflexões interessantes, com a finalidade de contribuir significativamente na formação docente dos colaboradores da ação. À vista disso, podemos concluir que, ensino de gêneros textuais na universidade se apresentou de forma indispensável no processo de leitura, escrita e oralidade para os estudantes ingressantes na universidade, da mesma maneira, os estudantes concluintes puderam vivenciar a experiência docente no espaço acadêmico desenvolvendo, assim, a construção didática, relação professor e estudantes e compreensão prática do processo ensino e aprendizagem.</span></p>Mirian Celestino dos Santos
Copyright (c) 2024 Mirian Celestino dos Santos
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2024-06-302024-06-3081167176Apresentação
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Otávia Marques de Farias
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2024-06-302024-06-308157Bilinguismo e monolinguismo interferencial: estudo das interferências do Kimbundu no português falado na comunidade do Bairro-8, província do Bengo
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<p><span style="font-weight: 400;">Este estudo teve como objetivo</span> <span style="font-weight: 400;">identificar as marcas da morfologia nominal do Kimbundu no português falado pelos falantes do Bairro-8, na formação do grau e do número. Para isso, foram coletados dados de falas de falantes nativos do português e Kimbundu e analisados em relação à formação do grau aumentativo e diminutivo, e do número, nas duas línguas. Os resultados indicaram que o contato linguístico entre o português e o Kimbundu, nesta comunidade, é o grande fator para que a morfologia nominal da língua Kimbundu interfira no uso da língua portuguesa e é um dos elementos responsáveis pelo monolinguismo interferencial em Angola. Dada a frequência e presença das marcas de número e grau do Kimbundu no português falado pela comunidade do Bairro-8, percebe-se um olhar normal a esses fenômenos pela óbvia tendência da sua generalização.</span></p>Agostinho Mulombo Domingos
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2024-06-302024-06-30810920A língua portuguesa de São Tomé
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<p><span style="font-weight: 400;">São Tomé e Príncipe é localizado no golfo da Guiné e está dividido em duas ilhas: a de São Tomé e a do Príncipe. O português tornou-se a única língua oficial desde 1975 após a independência até a presente data e convive com línguas crioulas faladas nas ilhas. A maior parte da população são-tomense se comunica em português, ou seja, 80% dos jovens com menos de 20 anos só falam a língua portuguesa (Araujo, 2020). O presente artigo tem por objetivo mostrar alguns aspetos da variedade do português são-tomense baseado nas transcrições dos áudios gravados nos anos 2016 e 2019 em São Tomé. Todos os informantes são falantes nativos com nível escolar de 4ª classe, 9ª classe, 12º e ensino superior completo com a idade entre 19 anos a 52 anos. O trabalho é muito importante para obtenção das informações sobre a variedade do português são-tomense, que ainda é pouco estudada. Os aspectos analisados mostram que o português falado na ilha de São Tomé é uma variedade específica, os róticos do português de São Tomé apresentam uma característica inovadora diferente do PE e do PB. No português de São Tomé é comum, como em outras variedades, a ausência da concordância verbal e nominal e ausência dos artigos.</span></p>Lucas Augusto CabiShirley Freitas
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2024-07-082024-07-08812132Análise da variação do objeto direto anafórico em jornais do Ceará
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<p><span style="font-weight: 400;">Este artigo tem por objetivo analisar, a partir dos pressupostos teóricos e metodológicos da Sociolinguística Variacionista, a realização variável do objeto direto anafórico de 3ª pessoa - ODA em notícias e artigos de opinião, extraídos dos jornais cearenses </span><em><span style="font-weight: 400;">Diário do Nordeste</span></em><span style="font-weight: 400;">, </span><em><span style="font-weight: 400;">O Povo </span></em><span style="font-weight: 400;">e </span><em><span style="font-weight: 400;">O Estado</span></em><span style="font-weight: 400;">. A amostra é composta de 60 textos, 30 artigos e 30 notícias, nos quais foram encontradas 78 ocorrências de ODA, sendo 44 de </span><em><span style="font-weight: 400;">clítico acusativo</span></em><span style="font-weight: 400;">, 25 de </span><em><span style="font-weight: 400;">sintagma nominal </span></em><span style="font-weight: 400;">e 9 de </span><em><span style="font-weight: 400;">objeto nulo</span></em><span style="font-weight: 400;">, que foram submetidos a tratamento estatístico no Goldvarb X para se verificar os condicionamentos linguísticos e extralinguísticos sobre cada variante. A variante </span><em><span style="font-weight: 400;">pronome lexical </span></em><span style="font-weight: 400;">não foi encontrada, o que atribuímos à natureza do </span><em><span style="font-weight: 400;">corpus</span></em><span style="font-weight: 400;">. Os resultados revelaram que há preferência nesses textos pelo uso do </span><em><span style="font-weight: 400;">clítico acusativo</span></em><span style="font-weight: 400;">, recaindo sobre esta variante a influência do fator linguístico </span><em><span style="font-weight: 400;">gênero semântico [+gs] do referente</span></em><span style="font-weight: 400;"> e do fator extralinguístico </span><em><span style="font-weight: 400;">nível de formalidade</span></em><span style="font-weight: 400;">. A variante </span><em><span style="font-weight: 400;">sintagma nominal </span></em><span style="font-weight: 400;">foi bastante expressiva, mas não a ponto de se sobrepor à hegemonia do clítico, enquanto</span> <span style="font-weight: 400;">o </span><em><span style="font-weight: 400;">objeto nulo </span></em><span style="font-weight: 400;">flutua entre as variantes, isento de estigmas, em ambos os gêneros textuais. </span></p>Thales Geovane Rodrigues SilvaFábio Fernandes Torres
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2024-07-012024-07-01813353A concordância verbal e nominal em consignas de livros didáticos da 3ª série do ensino médio
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<p><span style="font-weight: 400;">Aspectos relacionados à concordância verbal e nominal vem gerando grandes discussões acerca do ensino de gramática e das variedades linguísticas presentes na língua portuguesa, uma vez que se tem a norma padrão como aquela que deve ser considerada em detrimento das demais manifestações da língua. Diante disso, este trabalho objetiva analisar como se caracterizam as propostas de ensino da concordância verbal e nominal em consignas de atividades dos livros didáticos de Língua Portuguesa da 3ª série do Ensino Médio utilizados em escolas públicas da cidade de Oeiras, Piauí. Quanto aos procedimentos, o estudo caracteriza-se como documental. Nesse sentido, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) foram consultados – com o intuito de identificar como esses documentos propõem o ensino acerca da concordância verbal e nominal na Educação Básica – e livros didáticos utilizados em instituições de ensino da cidade, visando analisar como a concordância verbal e nominal é exposta em consignas de atividades nesses materiais didáticos. Em termos teóricos, a pesquisa assume a definição de "consignas" constante em Dolz, Gagnon e Decândio (2010); pondera acerca das reflexões de Riestra (2004) no que concerne à utilização desse gênero em sala de aula; vale-se das concepções de "gramática" propostas por Travaglia (1996) e utiliza as abordagens de ensino propostas por Halliday, McIntosh e Strevens (1974). A partir da análise, constatamos que o ensino, por intermédio das consignas, é descritivo-prescritivo, não reflexivo, como era de se supor para a metodologia de trabalho com situações-problemas.</span></p>Neyrivania Rodrigues dos Santos LimaAna Angélica Lima Gondim
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2024-06-302024-06-30815575Análise dos julgamentos realizados nos tweets dos senadores de esquerda sobre os comportamentos no oito de Janeiro de 2023 em Brasília
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<p>Neste artigo buscamos descrever as avaliações nas práticas linguístico-discursivas dos senadores de esquerda no que diz respeito aos comportamentos ocorridos no dia Oito de Janeiro de 2023 em Brasília. Nesse sentido, para entendermos as operacionalizações discursivas, analisamos os textos postados na plataforma Twitter, durante o dia oito, priorizando o funcionamento da língua no contexto dos atos. Como guia analítico, utilizamos o arcabouço teórico da Linguística Sistêmico-Funcional (Halliday, 1994), sobretudo, o que concerne ao sistema de Avaliatividade (Martin; White, 2005), que trabalha os recursos semântico-discursivos utilizados na e pela linguagem para realizamos avaliações que expressam nossas posições, comportamentos e atitudes perante o objeto avaliado. Assim, incorporada a Gramática Sistêmico-Funcional, a Avaliatividade fornece subsídios para a descrição e interpretação das funcionalidades avaliativas recorrentes nos usos linguísticos cotidianos. Por isso, fundamentamo-nos na categoria semântica de julgamento, pertencente ao sistema de Avaliatividade, para investigar o modo como os senadores avaliaram os comportamentos e o caráter dos agentes contrapuseram ao Estado Democrático de Direito. Desse modo, para descrevermos os discursos dos parlamentares, inicialmente localizamos os julgamentos realizados e, com base neles, interpretamos as ações dos avaliadores no contexto dos atos. Realçamos que este artigo resulta de uma dissertação apresentada em 2023 para conclusão do curso de Licenciada em Letras, na qual foram exploradas as avaliações dos 27 senadores eleitos em 2022. Aqui, apresentamos um recorte focado apenas do Grupo de Esquerda com o intuito problematizar as ações avaliadas e o modo como elas foram textualizadas pelos avaliadores, uma vez que estes são responsáveis por gerar e gerir as leis brasileiras, transgredidas no Oito de Janeiro.</p>Viviane dos Reis AlvesJoão Paulo Lima Cunha
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2024-06-302024-06-30817789O fazer persuasivo das fake news sobre Covid-19
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<p><span style="font-weight: 400;">Nas </span><em><span style="font-weight: 400;">fake news</span></em><span style="font-weight: 400;">, a força da relação intersubjetiva entre os sujeitos da cena enunciativa (enunciador/destinador e enunciatário/destinatário) é imprescindível à sua persuasão. Ciente disso, o presente trabalho tem como objetivo analisar as estratégias de persuasão mobilizadas para a construção dos efeitos de sentido de verdade em </span><em><span style="font-weight: 400;">fake news</span></em><span style="font-weight: 400;"> de tratamento à COVID-19. Para isso, optamos por empreender este estudo sob a perspectiva da semiótica discursiva proposta por Greimas (2014), destacando as nuances da persuasão na esfera do Percurso Gerativo do Sentido. Com esse arcabouço, debruçamo-nos sobre um </span><em><span style="font-weight: 400;">corpus</span></em><span style="font-weight: 400;"> composto por dois textos. Da análise de cada peça desinformativa pudemos observar diferentes estratégias de construção de sentido mobilizadas a partir da oposição entre diferentes programas narrativos (“familiar” vs “desconhecido” e “nós” vs “eles”) e seus recobrimentos discursivos que podem ser agrupados, principalmente, em estratégias argumentativas de aproximação e conspiração. </span></p>Leonardo Chaves FerreiraCarolina Lindenberg Lemos
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2024-06-302024-06-308191109Análise do ethos do presidente Lula à luz da semiolinguística discursiva
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<p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo tem o objetivo de analisar os </span><em><span style="font-weight: 400;">ethé </span></em><span style="font-weight: 400;">construídos por Luiz Inácio Lula da Silva em seu discurso de posse presidencial, proferido em 1º de janeiro de 2023. Para tanto, consideramos a conjuntura histórico-social e política (condições de produção do discurso e espectro político), bem como os aspectos linguístico-textuais verificáveis no discurso. A teoria de base fundamenta-se na Análise Semiolinguística do Discurso (Charaudeau, 2001; 2005; 2015; 2016). Em relação à abordagem metodológica, nossa pesquisa é caracterizada pelos tipos descritivo, qualitativo e explicativo, de análise de dados. Como resultados, o presente estudo evidencia que Lula constrói de si imagens de nacionalista, de solidário e de competente, não apenas para facilitar o processo de interpretação, mas também para convencer o povo da eficácia de seu novo projeto político.</span></p>Alisson Fernando Abreu de SousaMaria Margarete Fernandes de Sousa
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2024-06-302024-06-3081111130#Oamorvenceu: Embate entre ênfases valorativas contraditórias em post de uma charge sobre o dia da Amazônia
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<p><span style="font-weight: 400;">Este trabalho </span><span style="font-weight: 400;">objetiva analisar</span><span style="font-weight: 400;"> o modo como se constrói a reacentuação contraditória de </span><em><span style="font-weight: 400;">slogans</span></em><span style="font-weight: 400;"> governamentais lulistas sobre o amor no </span><em><span style="font-weight: 400;">post </span></em><span style="font-weight: 400;">de uma charge sobre o dia da Amazônia na rede social </span><em><span style="font-weight: 400;">Instagram.</span></em><span style="font-weight: 400;"> A pesquisa inscreve-se teoricamente no campo da Análise Dialógica do Discurso, </span><span style="font-weight: 400;">fundamentando-se, acerca da categoria analítica de acentuação, principalmente nos trabalhos de Bakhtin (1997; 2010), Volóchinov (2013; 2021), Brait (2008; 2009; 2010) e Cunha (2009), bem como, no tratante ao estudo do enunciado na esfera digital, em Araújo (2011) e Brambila (2022).</span><span style="font-weight: 400;"> A pesquisa é de natureza qualitativa, com finalidade descritiva-interpretativista. </span><span style="font-weight: 400;">A seleção do </span><em><span style="font-weight: 400;">post</span></em><span style="font-weight: 400;"> para análise seguiu o critério da presença do </span><em><span style="font-weight: 400;">slogan</span></em><span style="font-weight: 400;"> petista atualizado não em seu sentido original de promoção ao governo Lula, mas sim como um enunciado-chave para marcar-lhe oposição. Nesse sentido, elegeu-se o post com a charge “Amazônia”, de autoria de Jean Galvão (@jeangalvao) e publicada pelo artista em sua página pessoal de </span><em><span style="font-weight: 400;">Instagram</span></em><span style="font-weight: 400;">. Quantos aos comentários da publicação, considerando sobretudo os objetivos do estudo, decidiu-se selecionar apenas os que faziam referência direta ao diálogo aberto pela charge. Assim, dos 12 comentários existentes, foram transcritos 4, dentre os quais apenas o 1 e o 2 foram analisados, em virtude de a reacentuação do slogan lulista do amor ocorrer apenas nesses dois últimos casos. Durante a coleta de dados, realizou-se, ainda, a leitura das obras teóricas referidas, a partir da qual pôde-se deduzir os elementos relevantes de serem observados no </span><em><span style="font-weight: 400;">corpus</span></em><span style="font-weight: 400;"> recortado. Como última etapa, foi feita a análise e a interpretação dos dados. </span><span style="font-weight: 400;">Nesse momento, viu-se que os comentários da charge</span> <span style="font-weight: 400;">revelaram sua oposição com o </span><em><span style="font-weight: 400;">slogan</span></em><span style="font-weight: 400;"> governamental lulista mediante uma reacentuação irônica. </span><span style="font-weight: 400;">Na charge, tal processo discursivo decorreu da modificação do sentido do amor à Amazônia inicialmente sugerido pela linguagem visual da produção. O coração desenhado por um empresário sobre uma árvore que logo é arrancada do chão e levada embora termina por fazer desse signo do amor, contraditoriamente, um signo da ganância. No comentário 1, a reacentuação irônica é deflagrada pela combinação dos signos “amor” e “verde”, que parodia a alcunha representativa da gestão de Lula “governo do amor”, resultando no enunciado “governo do amor verde”. Em vista da tragédia da Amazônia retratada na charge, essa nova construção inviabiliza o sentido positivo esperado de atenção do governo Lula aos problemas estruturais brasileiros – que as condições do surgimento do </span><em><span style="font-weight: 400;">slogan</span></em><span style="font-weight: 400;"> fizeram emergir – questionando, portanto, o amor como política realmente seguida pelo presidente. Já no comentário 4, embora materialmente nenhum elemento tenha sido alterado na reprodução do bordão político “O amor venceu”, é possível perceber, pela consideração dos componentes da situação de produção dessa resposta, que o autor estabelece uma espécie de correção ao pensamento de que o amor estava vencendo na gestão do presidente Lula servindo-se do fato abordado na charge, o qual evidentemente não apenas não representa como também vai de encontro a um governo pautado no amor. </span></p>Aline Milena Borges da Silva Dias
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2024-06-302024-06-3081131146"Vem forte que eu sou do Norte": Estudos de raça, classe e gênero sobre mulheres doutoras na Região Norte
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<p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo analisa os discursos de mulheres doutoras que atuam na região Norte do Brasil </span><span style="font-weight: 400;">e reflete sobre como elas avaliam suas trajetórias no ambiente acadêmico considerando fatores de inclusão ou exclusão como gênero, raça, classe e região de origem. Trata-se do recorte de uma pesquisa qualitativa de caráter interpretativista apoiada pela Netnografia. Os dados desse trabalho foram analisados sob o viés dos Estudos de Gênero, da Interseccionalidade </span><span style="font-weight: 400;">e da Análise Crítica do Discurso, através da categoria “avaliação”. Entre as descobertas desta pesquisa, citamos que as participantes brancas reforçam discursos meritocráticos e não refletem profundamente sobre como a raça as privilegia socialmente. Em contrapartida, as participantes não brancas se veem como privilegiadas por suas posições acadêmicas, mas citam a raça, gênero e região de origem como fatores de exclusão.</span></p>Rafaela PortelaMartha Julia Martins
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2024-07-012024-07-0181147166