O português em Angola: o problema do ensino e da fala

Autores

  • Fidele Poutou Instituto Superior Politécnico Kafundi

Palavras-chave:

Linguística Aplicada; Gramática; Círculo de Bakhtin; Interdisciplinaridade; Metalinguística.

Resumo

O presente artigo busca apresentar alguns problemas e dificuldades que os professores da Língua Portuguesa enfrentam no seu dia-a-dia ao lecionar essa disciplina em Angola. Para tanto, se fará um breve histórico da Linguística Aplicada, e apresentar algumas concepções básicas sobre noção do gênero e enunciado no pensamento do Círculo de Bakhtin, por ser desconhecida pelos professores angolanos. Visa-se verificar a prática de análise linguística em sala de aula, numa escola pública de ensino médio, numa turma da 10ª classe, estarei analisando prática a partir de comentários de professores de língua português em Angola. Isso poderia permitir no futuro uma mudança na concepção do que é ensinar o português na contemporaneidade.

Referências

ALMEIDA FILHO, J. C. P. A abordagem orientadora da ação do professor. In: _____. (org.). Parâmetros atuais para o ensino de português / LE. Campinas: Pontes, 1997.

ANTUNES, I. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.

ARISTÓTELES (384-322 av. J.C.). L´ontologie aristotélicienne. Disponível em https://dcouvertesblog.wordpress.com/2017/06/26/aristote-384-a-322-avant-j-c/ Acesso em: 13/07/2019.

BAKHTIN. M. Problemas da poética de Dostoievski. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1981.

_____. Os gêneros do discurso. In: _____. Estética da criação verbal. Trad. Maria Ermantina Galvão Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 1997, p.277-326.

_____. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec. 1999.

_____. O problema dos gêneros discursivos. In: _____. Estética da criação verbal. Tradução Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes. 2003

BEZERRA, C.; POUTOU, F. O Sujeito na Língua: Pressuposto e Subtendido na Entrevista “O Brasil perdeu medo do PT”. RevLet – Revista Virtual de Letras, 2016, 8.2: 101-121.

CELANI, M. A. A. Afinal, o que é Linguística Aplicada. In: ZANOTTO, M. S. & CELANI, M. A. A. (Org.). Linguística Aplicada, da aplicação da linguística à linguística transdisciplinar. São Paulo: EDUC, 1992, pp.15-23.

DIONISIO A.P, MACHADOA.R, BEZERRA M.A (orgs). Gêneros textuais & ensino. Lucerna. Rio de Janeiro, 2002.

EVANGELHO SEGUNDO SÃO JOÃO, PRÓLOGO 1-3. Disponível em https://philothanatos.wordpress.com/2016/12/25/estudo-do-evangelho-de-sao-joao-versiculos-1-3/ Acesso em: 13/07/2019.

GERALDI, J.W. O texto na sala de aula. Cascavel/PR, 1984.

_____. Portos de Passagem. 4.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

GUERRA MARQUES Irene, algumas considerações sobre a problemática linguística de Angola, Lisboa: UL, 1985.

HOGETOP, M.; POUTOU, F. Análise de atividades de leitura do livro didático “Projeto Teláris Português Oitavo Ano”. Linguagens-Revista de Letras, Artes e Comunicação, 2017, 11.1: 288-302.

KLEIMAN, A. B. Afinal, o que é lingüística aplicada? Intercâmbio. São Paulo: LAEL/PUC: 1- 12,1990.

_____. 1998. O estatuto disciplinar da linguística aplicada: o traçado de uma percussão rumo ao debate. In I. Signorini & M. Cavalcanti (Orgs). Lingüística Aplicada e Transdisciplinaridade. Campinas: Mercado de Letras.

MARIOTTI, H. As paixões do ego: complexidade, política e solidariedade. S. Paulo: Palas Athena, 2000.

MENDONÇA, M. Análise linguística no ensino médio: um novo olhar, um outro objeto. In: BUNZEN, Clecio; MENDONÇA, Márcia. Português no ensino Médio e formação do professor. São Paulo: Parábola Editorial, 2006. p. 109-226.

MOITA LOPES, L. P. (org.) (2006). Por uma Linguística Aplicada indisciplinar. São Paulo: Parábola Editorial.

ORLANDI. E. P. Análise de Discurso: princípios e procedimentos. Campinas, São Paulo, 1999.

PAULA, L. de F. O ensino de língua portuguesa no Brasil, segundo João Wanderley Geraldi. 2004 Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília.

PLATÃO (428-387 av. J.C.) L’homonymie de lanature : lenom et leschoses. Disponível em https://www.cairn.info/revue-d-ethique-et-de-theologie-morale-2010-HS-page-71.htm# Acesso: 14/07/2019.

POUTOU, F. Apresentação do 1º Seminário da disciplina de Análise linguística nas práticas de leitura e produção textual: implicações conceituais e metodológicas. Programa de Pós-Graduação em Linguística, Universidade Federal de Santa Catarina, 2014.

RAJAGOPALAN, K. Repensar o papel da Linguística Aplicada. In: MOITA LOPES, L. P. (Org.) Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar. 2 ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2008, pp. 149-168.

RODRIGUES, R. H. A Constituição e o funcionamento do gênero jornalístico artigo: cronotopo e dialogismo., 2001. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada) -Pontifícia Universidade Católica - São Paulo

_____. O artigo jornalístico e o ensino da produção escrita. In: ROJO, R. (Org.). A Prática de linguagem em sala de aula: praticando os PCNs. São Paulo: Mercado de Letras, 2000. p. 207-220.

ROJO, R. Fazer linguística aplicada em perspectiva sócio-histórica. In: MOITA LOPES, L. P. (Org.). Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar. 2 ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2008, pp. 253-275

SCHNEUWLY, B. & DOLZ, J. Os gêneros escolares: das práticas de linguagem aos objetos de ensino. Revista Brasileira de Educação – ANPED, no 11. 5-16. 1999.

VILELA, M., 1995, Algumas tendências da língua portuguesa em África, (in:) Ensino e língua portuguesa: léxico, dicionário, gramática, Mário Vilela (ed.), Coimbra, Almedina, 45–72.

Downloads

Publicado

24-07-2019