Quadrinhos institucionais: uma análise comparativa dos gêneros da Turma da Mônica
Palavras-chave:
Quadrinho institucional, Quadrinho humorístico, Gênero de discurso, Turma da Mônica, Mauricio de SousaResumo
As revistas em quadrinhos são utilizadas tanto como um meio para entreter os jovens e as crianças como também para transmitir informações educacionais. Elas, segundo Ramos (2009), são como um enorme rótulo, um hipergênero, que abarca vários gêneros diferentes. Mas histórias com os mesmos personagens podem gerar gêneros distintos? Nesta pesquisa, comprovaremos que sim. Para chegar a essa afirmação, utilizamos duas histórias da Turma da Mônica, de Mauricio de Sousa. A primeira é denominada “Uso racional da água e saneamento básico”, voltada para o gênero institucional. Já a outra tem como título “Cebolinha em: a vida é dura, que tal amaciar?”, direcionada para o gênero humorístico. Ademais, para fundamentar esta pesquisa, baseamo-nos nos estudos de Maingueneau (2013; 2015; 2018), o qual aborda que, para reconhecer um gênero, é preciso verificar os critérios situacionais que cada um abrange. Além disso, com a intenção de contextualizarmos a trajetória de Mauricio de Sousa e o processo de criação de seus personagens, utilizamos sua autobiografia, intitulada “A história que não está no gibi”. Igualmente, analisamos os trabalhos de Bortoluzzi (2019), Mendonça (2008), Monteiro e Scholtz (2017), Queiroz (2012), Ramos (2014), Sarro (2017), Santos (2013) e Takahashi (2015), a fim de definirmos as características que os dois gêneros mencionados detêm. Para concluir, observamos, através deste estudo, que os critérios situacionais dos gêneros afetam sua composição, ainda que os conteúdos detenham os mesmos personagens, assim como as histórias em quadrinhos utilizadas para esta análise.
Referências
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