Marcas da “macro-ancestralidade” afro-indígena na variedade de português falada pelos tembé do Guamá (PA)
Resumo
O objetivo deste artigo é o de apresentar um recorte da pesquisa de campo realizada por Jucá Acácio (2020) com os indígenas Tembé do Guamá no que tange às marcas da macro-ancestralidade afro-indígena encontradas no português rural falado na área da Terra Indígena Alto Rio Guamá, doravante TIARG, localizada no nordeste do estado do Pará, mais exatamente, no município de Santa Luzia do Pará, à luz dos estudos de Oliveira, Zanoli, Módolo (2019); Jucá Acácio (2022); Santos (2016), Sodré (2015); Salles ([1931] 2004); Freire (2011), entre outros. A metodologia partiu de uma revisão bibliográfica do referencial teórico e da coleta de dados apresentada em Jucá Acácio (2020). A partir dos fenômenos linguísticos observados no português falado pelos Tembé do Guamá, na atualidade, pode-se perceber que as marcas da ancestralidade afro-indígena estão imbricadas na herança cultural e linguísticas desse povo, e isso se atesta pelas ações que os Tembé do Guamá vêm empreendendo em prol de recuperarem suas tradições e até mesmo sua língua de ancestralidade.
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