O Bilinguismo em Moçambique: uma análise entre a convivência da Língua Portuguesa e a Língua Bantu Cinyanja na Escola primária de Tamuiri- Província de Tete
Resumo
Resumo:Diversas pesquisas em múltiplos campos do saber discutem o tema sobre o ensino Bilingue em Moçambique e no mundo em geral,o que faz com que essa seja vista de maneiras variadas de acordo com cada saber. Este artigo procura desenvolver o Bilinguismo em Moçambique: uma análise entre a convivência da Língua Portuguesa e a Língua Bantu Cinyanja na Escola do nível fundamental da Província de Tete, para isso, enfatiza Estratégias de Implementação do Ensino Bilingue no Ensino fundamental, cujo objetivos traçados são de forma geral, conhecer o nível de assimilação dos conteúdos de língua Portuguesa em alunos que tem a Língua Materna o Português em relação aos que tem a Língua Materna uma Língua Bantu, e de forma específico o artigo visa identificar os fatores que definem a escolha de uma língua de ensino em contexto multilíngue, o caso de Moçambique; apresentar bases teóricas que permitem desenvolver um ensino integral nas crianças tendo em conta o contexto multilíngue em que estão inseridas. Dos resutados da pesquisa nota-se que o tipo de professor que leciona o ensino Bilíngue não tem proficiência, tanto oral como escrita em língua escolhída, neste caso o Cinyanja, língua falada no distrito de Chiúta, local da pesquisa. Constitui uma pesquisa etnográfica, cuja técnicas para a recolha de dados foram a entrevista semi estruturada e a observação sistemática de fenómenos linguisticos a nível do recinto escolar e na sala de aulas.
Palavras- chave: Ensino; Bilinguismo;Português; Cinyanja.
Referências
ASSIS, Maria Cristina de. Metodologia do trabalho científico, São Paulo, Ed. Atlas, 2002.
CAVALCANTI, Marilda. Estudos Sobre Educação Bilingue e Escolarização em Contextos de Minorias Linguísticas. Delta. 1999.
CHAMBELA ,Rafael. et all. Livu la Cinomwe Kalasi 7mwe, edição INDE/MINED, Maputo, 2014.
CINYUNGUE – Bukhu ya Mpfundzi, 2 Kalasi, Educação Bilingue, INDE/MINED, Moçambique, S/D.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Maputo, Plural Editores, 2005.
DANTON. Gian. Metodologia Científica. Virtualbooks. Paraná. 2002.
DIAS, Christiane da Silva. É proibido falar crioulo: um relato etnográfico sobre colonialidade, ensino de língua e políticas linguísticas na Guiné-Bissau, Tese de Doutoramento em Linguística, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2021.
FIRMINO, Gregório. Situação Linguística de Moçambique. Maputo. INE 2000
FIRMINO, Gregório. A Questão Linguística na África Pós- Colonial: o caso do português e das Línguas Autóctones em Moçambique, Maputo, Promédia, 2002.
INDE. Plano Curricular do Ensino Básico. Objectivos, Política; Estrutura e Plano de Estudos. Maputo. 1999.
LEMLE, Miriam. Guia Teórico do Alfabetizador. São Paulo: Ática, 1988.
PATEL, Samima Amade. Um olhar para a formação de professores de educação bilingue em Moçambique: foco na construção de posicionamentos a partir do lócus de enunciação e actuação. Rio de Janeiro. 2012.
SANTOS, Hederson Rogers & CUNHA, José Carlos Chaves da. Sóletras, revista nr 26. Universidade Federal do Pará. 2013.
QUIRAQUE, Zacarias Alberto S. & DE PAULA, Maria Helena. I Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão da Regional Catalão, Universidade Federal de Goiás. 2015, disponível em: file:///C:/Users/FUJITSU/Downloads/ICONPEX-Parte7.
Pequena_Abordagem_Sobre_O_Ensino_Bilingue_Em_Mocambique Disponível em. file:///C:/Users/FUJITSU/Downloads/ICONPEX-Parte7.Acesso em 27/02/2020.
NGUNGA, Armindo. et al.. Educação Bilíngue na Província de Gaza: Avaliação de um Modelo de Ensino. “As Nossas Línguas II”.: Maputo, CEA, 2010
INDE/MINED, Plano Curricular do Ensino Básico, Moçambique, INDE/MINED, 2003.
SEVERO. Cristine Gorski. Política(s) Linguística(s) e Questões de Poder. UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina - Departamento de Língua e Literatura Vernáculas. Florianópolis. disponível em: https://www.scielo.br/pdf/alfa/v57n2/06.pdf.
SEVERO, Cristineorski.; MAKONI, Sinfree. Políticas linguísticas Brasil-África: por uma perspectiva crítica. (Coleção Linguística). Vol.5, Florianópolis: Insular, 2014.136p. ISBN: 978- 85-7474-856-6. In. Revista de Divulgação Científica em Língua Portuguesa, Linguística e Literatura Ano 13 - n.21 – 2º Semestre – 2017 – ISSN 1807-5193.
SEVERO. Cristine Gorski e VIOLA, Daniela. Entre o Português como Língua Estrangeira e as práticas interculturais comunicativas: estudo de caso em universidade colombiana. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/horizontesla/article/view/1491/1315
SPINASSÉ, Karen Pupp. Os conceitos Língua Materna, Sgunda Língua e Língua Estrangeira e os falantes de línguas alóctones minoritárias no Sul do Brasil. Disponível em.www.revistacontingentia.com . Acesso em 29/02/2020
STERN, Hans.Heinrich. Perspectives on 2nd language teaching. Toronto. Ontario Institute for studies in education, 1970.
HENRIKSEN,Sarita Monjane. Reflections on the Language education issue in Mozambique.
PATEL, Samima. CHAMBO, Gervasio e TEMBE Felix . Bilingual Education In Mozambique: Nowadays Situation.
TIMBANE. Alexandre António. A complexidade do ensino em contexto multilíngue em Moçambique: políticas, problemas e soluções, Calidoscópio Vol. 13 N. 01 jan/abr 2015.
NHAMPOCA, Ezra Alberto Cambal. Ensino Bilíngue em Moçambique: Introdução e Percursos. Disponível em: https:// dix.doi.org.10.5007/1984-8420.2015 v16n2p82.
PATEL, Samima.; CAVALCANTI, Marilda. O caso do português em Moçambique: unidade nacional com base em educação bilíngue e intercompreensão. In: L.P. MOITA LOPES (org.), Português no século XXI: cenário geopolítico e sociolinguístico. São Paulo, 2013.
PAULA, Ronaldo Rodrigues de. e DUARTE, Fábio Bonfim. Diversidade linguística em Moçambique, Cap. 19. Universidade Federal de Minas, S/d.
ZAVALA, Virginia. What is Quechua literacy for?: Ideological dilemmas in intercultural bilingual education in the Peruvian Andes. In: Prinsloo, M.; Stroud, C. (eds.), Educating for Language and Literacy Diversity: Mobile Selves Nueva York: Palgrave Macmillan, (2014a).
REIS, Maurício de Novais e ANDRADE de Marcilea Freitas Ferraz. O pensamento decolonial: análise, desafios e perspectivas, 2018.
Downloads
Publicado
Versões
- 02-07-2023 (2)
- 01-07-2023 (1)
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 JULIO SANDACA
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).