Capoeira - Humanidades e Letras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira <p>A CAPOEIRA – Revista de Humanidades e Letras –(ISSN 2359-2354) é uma publicação acadêmico-científica quadrimestral, multidisciplinar, em formato on-line, de livre-acesso que nasce da iniciativa de professores dos cursos de Humanidades e Letras do Campus dos Males da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira, com objetivo de promover a reflexão e o debate em torno de narrativas antropológicas, literárias, históricas, filosóficas, educacionais e sociológicas, no amplo espectro de temas relacionados às Humanidades, valorizando especialmente colaborações relacionadas aos estudos africanos e diáspora negra.</p> <p><strong>A</strong> <strong>CAPOEIRA - Revista de Humanidades e Letras</strong> (ISSN 2359-2354) está em processo de transferência para o portal da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira.</p> <p>Atualmente está acessível no endereço:https://revistas.unilab.edu.br/</p> <p> </p> Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira pt-BR Capoeira - Humanidades e Letras 2359-2354 Entrevista com VANICLÉIA SILVA SANTOS https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1927 <p>Entrevista com VANICLÉIA SILVA SANTOS</p> Juliana Barreto Farias Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 140 158 Apresentação: https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1931 <p>Dossiê – Ensino de História nos PALOP. Diálogos e trânsitos Brasil - África”</p> Jorge Lúzio Fábia Barbosa Ribeiro Milton Marcial Meque Correia Nuno de Pinho Falcão Rebeca Helena André Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 198 199 Ensino de História de Moçambique no 1° Ciclo do Ensino Secundário Geral: https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1822 <p>A presente pesquisa, circunscrita ao tema <em>Ensino de História de Moçambique no 1° Ciclo do Ensino Secundário Geral: avanços e desafios</em>, tem como objetivo geral analisar os avanços e os desafios do Ensino de História de Moçambique no 1° ciclo do Ensino Secundário Geral. Este estudo baseou-se na pesquisa descritiva, apoiou-se na abordagem qualitativa e foi desenvolvido com recurso ao estudo documental e revisão bibliográfica. Os resultados da pesquisa mostram que, apesar de existirem algumas inovações nos programas do Ensino de História, ainda persistem alguns desafios relacionados aos objetivos, conteúdos e recomendações metodológicas relevantes para este ciclo de ensino.</p> Alex Samuel Artur Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 200 217 A formação de professores de História na UNILAB: https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1823 <p>Como conceber e pôr em prática um curso que atenda às expectativas e necessidades para a formação de professores para atuar no Brasil e na África falante de língua portuguesa? Essa foi a questão central que governou o processo de construção do Projeto Pedagógico Curricular (PPC) do Curso de Licenciatura em História da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), no Ceará. Este artigo retoma essa questão como eixo problematizador inicial de um exercício de reflexão sobre a concepção e a execução do curso, que em 2022 completou sete anos. A análise aqui realizada apresenta de forma crítica o projeto do curso e sua execução, dando ênfase à interação com a legislação brasileira que disciplina os cursos de licenciatura em geral, e o curso de História em particular. A ideia é discutir como as diretrizes desta legislação a um só tempo possibilitaram a criação e execução do curso, ao mesmo tempo em que também lhe impuseram restrições. É de fato possível formar um profissional capaz de atuar no ensino de História no Brasil e nos países africanos parceiros da UNILAB e atender plenamente às leis do sistema educacional brasileiro? É essa a pergunta que encerra o exercício de problematização realizado na elaboração do presente artigo. </p> <p> </p> Américo Souza Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 218 245 O sistema educacional no pós-independência santomense https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1824 <p>O presente trabalho propõe-se a exemplificar, através dos textos do jornal Revolução, os caminhos e dilemas na organização do ensino em São Tomé e Príncipe no início do pós-independência. Em 12 de julho de 1975, o pequeno país insular assinou sua independência. Nos primeiros anos o governo rearranjou as estruturas existentes no território, antes sob comando de Portugal. Uma das áreas mais complicadas foi a educação, onde as infraestruturas eram precárias e os recursos humanos, escassos. Os desafios, as novas linhas ideológicas, as alianças e dilemas da forma que a educação deveria ser conduzida refletiram nos textos do jornal Revolução. O jornal era institucional, pertencente ao Ministério de Telecomunicações, respondendo de forma direta aos direcionamentos do governo de partido único do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP). Com a Proclamação da Independência, nascia também uma nova narrativa histórica sobre os fatos ocorridos nas ilhas, porém, naquele momento, com o olhar dos nacionalistas santomenses. A análise do jornal pode nos dar um panorama do cenário da época. A ideia deste artigo não é aprofundar o tema, mas apresentar a conjuntura inicial da educação pós-dia 12 de julho de 1975.</p> Dandara Matos Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 246 272 Pedagogia Sankofa: https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1825 <p>Este artigo discute a possibilidade de construção epistemológica de uma “Pedagogia <em>Sankofa</em>” para a descolonização do saber e do currículo escolar em África e na diáspora africana, tendo como fundamento as concepções de Amílcar Cabral sobre o Retorno às Fontes Culturais e a (Re)Africanização das Mentes, as teses de Cheikh Anta Diop sobre a Unidade Cultural da África Negra e o Paradigma Epistemológico da Afrocentricidade de Asante sobre a Valorização das Experiências Africanas. Subsidiamo-nos também de outras contribuições teóricas, como as de Fanon, M`Bokolo, Ki-Zerbo, Benedicto, Fausto Antonio, entre outros. Trata-se de uma abordagem reflexiva e crítica sobre educação e antirracismo, cujo lugar de fala e localização psicológica remetem à epistemologia africana e da diáspora africana.</p> Fernando Jorge Pina Tavares Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 273 290 Panorama de algumas iniciativas educativas na “Guiné-Bissau” séculos XVII-XX https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1826 <p>Com base em estudos pertencentes à área das Ciências Humanas, este artigo apresenta algumas iniciativas educativas desenvolvidas no território conhecido atualmente como “Guiné Bissau”, entre os séculos XVII e XX. O objetivo deste texto é considerar a diversidade das instituições de ensino e desconstruir concepções simplicistas a respeito da história da educação nesse território. Nesse sentido, ressaltam-se três ações educacionais intrinsecamente vinculadas às dinâmicas sociopolíticas e econômicas que abarcaram a África Ocidental: as escolas corânicas, a educação colonial portuguesa e a educação promovida pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).&nbsp;</p> Ivangilda Bispo dos Santos Maria Alice de Souza Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 291 317 A história de África em livros didáticos vigentes no sistema educativo angolano: O caso do I ciclo do ensino secundário https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1905 <p>No período colonial, África foi imaginada pelos europeus como um continente sem História e o sistema educativo visava moldar os africanos aos valores europeus. No pós-independência, verificou-se uma intensificação das correntes de exaltação do contributo da África na História da Humanidade e o seu enquadramento progressivo no sistema educativo, de acordo com as ideologias políticas assumidas nesse período histórico. Neste contexto, iremos analisar no presente artigo como a história de África é representada no I ciclo do ensino secundário angolano (da 7ª à 9ª classe), através da análise de conteúdo dos livros didáticos de História vigentes e dos respetivos programas. Os resultados da análise revelam que os conteúdos que mais se destacam são aqueles relacionados com a escravatura, o tráfico de escravos, a conferência de Berlim, a descolonização e os reinos africanos. No que tange às personalidades africanas, na sua maioria são anónimas e, quando nomeadas e/ou ilustradas, o predomínio vai para as masculinas.</p> Jacob Cupata Rosa Cabecinhas Isabel Macedo Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 318 338 Ensino de História, Literatura e Memória https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1827 <p>A proposta deste artigo é discutir as potencialidades de uma recente produção literária destinada a crianças e jovens que trata de temas como escravidão, diásporas atlânticas, culturas africanas, afro-brasileiras e indígenas, impulsionada, nos últimos vinte e um anos, pelas Leis 10.639/2003 e 11.645/2008. O ensaio apresenta um painel dessa produção literária, concentrando a análise na obra <em>Contos e Lendas Afro-Brasileiros: A Criação do Mundo</em>, do escritor Reginaldo Prandi, que narra a história de uma jovem africana que foi escravizada e transportada para o Brasil em um navio negreiro. A importância dessa literatura na escola reside na sua força como artefato didático na construção de uma pedagogia decolonial e não eurocêntrica para o ensino de História na educação básica.</p> Lucilene Rezende Alcanfor Jorge Garcia Basso Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 339 367 “A Disciplina de História é «maningue nice»”: https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1828 <p>O presente artigo busca discutir a Olimpíada de História como estratégia didática para estimular o interesse pela Disciplina de História nos/as alunos/as da 10ª Classe na Escola Secundária Marien Ngouabi. Embora o termo Olimpíada remeta-nos à mitologia e jogos da civilização grega antiga, com este trabalho apreendemos que, atualmente, foi ressignificado e enquadrado como estratégia de ensino-aprendizagem. Portanto, a sua reinvenção na educação movimenta sua finalidade clássica – competição entre atletas –, para a cooperação entre os/as alunos/as. A par da cooperação multifacetada verificada durante a preparação da Olimpíada, frequentemente assiste-se à porosidade da barreira pedagógica entre professor-aluno, o que entusiasma o “gosto” pela História e impacta, positivamente, no aproveitamento pedagógico. Essas constatações fundamentaram o esboço do projeto da Olimpíada Nacional em História de Moçambique.</p> Manuel Henriques Matine Trafina José Dava Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 368 385 Memoriais como recursos didáticos para o Ensino de história da resistência anti-colonial em Moçambique: https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1829 <p>O uso dos memoriais como recursos no ensino de história se afigura como uma estratégia inovadora na construção do conhecimento para os estudantes. As visitas escolares permitem fixar experiencialmente os conteúdos aprendidos na sala de aula e facilitar reflexões sobre a própria identidade em várias perspectivas. Nesse sentido, coloca-se como pergunta de partida: quais são os desafios que encontram as escolas moçambicanas na implementação das visitas escolares? &nbsp;O objetivo deste artigo é, portanto, investigar o uso das visitas escolares como experiência educativa em Moçambique, focando nos <em>lieux de mémoire</em> de líderes incontornáveis e controversos (Acivaanjila e Ngungunhane), aprofundando a interligação entre ensino de história e memória coletiva no contexto africano.</p> Andrea Vacha Manuel Vene Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 386 416 Política, a Igreja e o Ensino de História: https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1830 <p>O ensino de história em Moçambique foi um instrumento ideológico colonial e pós-colonial. Com a Concordata de 1940, o Estado português e a Santa Sé reconhecem a dialética da secularização, a inter-dependência histórica entre a república e a igreja. Passados 50 anos desse acordo, com a entrada em vigor da nova constituição política em Moçambique em 1990, o itinerário da institucionalização desse reconhecimento mostra similaridades históricas, a despeito das circunstâncias revolucionárias vividas em Portugal após 1910, e em Moçambique nas décadas 1960 e 1970. Pretendemos mostrar tais similaridades e observarmos tal dialética como uma categoria de análise histórica. Presumimos a secularização como um processo universal de modernização da política e da igreja, cuja chave moral comum é o ensino da história, que reconhece a matiz pluralística e performativa do intelecto, tanto que a sujeição seja, reversivamente, compreendida como acto de interpelação das ideologias e explica a de-radicalização ao longo da história.</p> Milton M. M. Correia Nheleth das Algas Ratibo Cardina Aida I. Wassiquete Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 417 430 A importância da endogeneidade e das africanidades no Ensino crítico da História: https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1886 <p>O artigo procura responder ao apelo da experiência local no processo de exame, classificação, rearranjo, que significa a endogeneidade, i.e., discursos e experiências ontológicas africanas. Dialoga com o pós-colonialismo, complementando-se com a perspetiva pós-libertação, que comunica, por sua vez, bastante bem com as contribuições teóricas produzidas em África e na diáspora. Procurou-se fazer uma desconstrução vigilante que, até certo ponto, advém da tradição de algumas escolas africanas como Ibadan, Dar Es Salaam e Dakar. O diálogo com a africanidade e endogeneidade agrega contribuições teóricas de alguns pensadores africanos sobre a situação (passada e presente) do continente, procurando recuperar a “criatividade endógena” na abordagem dos assuntos africanos, trazendo para a discussão a importância daquilo que chamamos de <em>agenda(s) de libertação.</em></p> Nardi Sousa Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 431 461 (Com) tradições e conflitos nos percursos da educação na Guiné-Bissau, no pós-independência: https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1887 <p>O presente artigo objetiva compreender como as tradições locais e as contradições do colonialismo, em meio aos conflitos de natureza política, se entrelaçaram na itinerância da educação na Guiné-Bissau, no contexto pós-colonial. Assim, o texto observou os valores éticos, os legados culturais e as experiências da coletividade inerentes à educação tradicional africana, em cujas bases predomina a oralidade. Analisa o modo em que a educação colonial operou, contrapondo-se às práticas de transmissão de conhecimentos (educação oral) ao favorecer o modelo eurocêntrico, sobre a realidade endógena guineense. Entre embates e tensões, as várias formas de resistências no âmbito da luta anticolonial, em retorno às raízes africanas através de abordagens afrocentradas, integraram os percursos destes processos. Neste sentido, destacaram-se os esforços em defesa aos ideários do PAIGC, além de um outro fator, o golpe de estado em 1980, ocorrido com o envolvimento de entidades financeiras Internacionais, entre as quais o FMI e o BM, por meio do programa de Ajustamento Estrutural (PAE), por sua vez alinhado a uma educação de viés tecnicista, e ancorada aos projetos neoliberais. Para a realização deste estudo, recorremos a uma pesquisa bibliográfica por meio de diálogos com a obra de Ba (2010), Cá (2000), Cá (2009) Mendes (2019), Namone (2020) e Sane (2018), fontes da imprensa e manuais escolares.&nbsp; Os resultados apontam para as disputas de divergentes interesses, nas contínuas crises e tensões impostas ao sistema educativo da Guiné-Bissau, marcado, ambiguamente, pelos resquícios das violências do regime colonial, bem como pelas contínuas resistências. Por fim, apresenta a função social do Ensino de História frente a tais processos, como ferramenta imprescindível para a formação da cidadania e para a consolidação democrática, além do despertar de uma consciência política e emancipatória, nos contributos da história escolar.</p> Nembali Mané Jorge Lúzio Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 462 488 O Ensino de História e a configuração identitária dos alunos do ensino secundário geral na Matola, província de Maputo https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1888 <p>Este estudo investiga as contribuições do Ensino de História na configuração identitária dos alunos do Ensino Secundário Geral, e toma como base a Escola Secundária da Liberdade, localizada na Matola, província de Maputo. Identifica desafios, descreve o processo de ensino-aprendizagem e analisa as contribuições históricas para a identidade dos alunos. Utilizando entrevistas, observações e análise documental, revela desafios específicos enfrentados no ensino de história e destaca a importância do ensino na promoção da compreensão histórica e na formação de identidades nacionais e culturais em Moçambique, contribuindo para futuras pesquisas educacionais.</p> Nheleth Ratibo Arlindo Elias Mucavel Edmilson de Sousa Gilberto Mutote Sulvai Higino Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 489 506 História da Cooperação Educacional entre Angola, Brasil e CPLP de 1975 a 2008: relevância do Ensino da História https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1904 <p>O Brasil foi o primeiro país a reconhecer a independência de Angola e a relação entre os dois países é marcada por fortes laços históricos e culturais. O presente artigo constitui uma revisão de alguns resultados empíricos sobre as múltiplas ações desenvolvidas nas áreas da educação e ensino entre o governo brasileiro e angolano, na visão da CPLP. Procurar-se-á apresentar uma síntese sobre as finalidades, os conteúdos e as estratégias da cooperação em educação e ensino entre ambos os países, em particular, nos domínios do ensino de História. Os resultados a apresentar terão por referência os documentos oficiais (Acordos de Cooperação, Actas, Ajustes Complementar ao Acordo de Cooperação, Memorando de Entendimento e Programas Executivo de Cooperação) assinados pelos ministros da educação de Angola e Brasil, e membros da CPLP. Recorrer-se-á à análise documental, de conteúdo e comparativa entre os diferentes instrumentos diplomáticos, firmados entre Angola e Brasil, com a finalidade de se avaliar a coerência e eficácia dos acordos bilaterais e decisões adoptadas no quadro da CPLP. O resultado alcançado expõe acordos entre os dois países e da CPLP, que propiciaram princípios reformistas para a construção de conteúdos históricos no ensino da história em Angola.</p> Rebeca Helena André Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 507 524 EDITORIAL https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1920 <p><strong>Editorial da</strong>&nbsp;<strong>Capoeira – Revista de Humanidades e Letras | Vol.1 | Nº. 1 | Ano 2024</strong><strong>.</strong></p> Juliana Barreto Farias Pedro Acosta-Leyva Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 1 1 Por uma nova Interculturalidade: Akram Khan, Dancing New Interculturalism https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1834 <p>Resenha do livro:&nbsp;MITRA, Royona.<em> Akram Khan, Dancing New Interculturalism.</em> Londres: Palgrave Macmillan, 2015.</p> Rafael de Lemos Melo Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 525 528 A África como referência para o Cristianismo https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1832 <p>Resenha do livro:&nbsp; ODEN, Thomas C.&nbsp; <em>Quão africano é o Cristianismo</em>. São Paulo: Editora Quitanda, 2022.</p> Marco Antonio Fontes Sá Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 529 534 O espelho conventual: https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1835 <p>Resenha do livro:&nbsp;OLIVEIRA, Rozely Menezes Vigas. Nas clausuras de Goa: a comunidade das mônicas no Monte Santo e sua economia espiritual (1606-1721). Porto: Editora Cravo, 2023. 337p.</p> Karoline Marques Machado Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 535 540 Na Índia, em Moçambique e no Brasil: uma história em construção https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1889 <p>Séculos XVI-XVIII; circulação literária; Brasil colonial; Estado da Índia; domínios portugueses.</p> Adma Muhana Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 541 545 O Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB) e o seu acervo permanente https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1890 <p>Acervos, Arquivo, Documentação, APEB</p> Bárbara Alessandra Leal Saldanha Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 546 550 A imprensa de Goa. Um arquivo plurilíngue de obras literárias https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1891 <p>Jornais; revistas literárias; tradição literária; jornais goeses</p> <p>&nbsp;</p> Cielo G. Festino Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 551 555 Timor-Leste nas conexões afro-brasileiras: imagens da solidariedade internacional contra a ocupação Indonésia (1975-1999) https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1892 <p>Conexões, Solidariedade Internacional, Timor-Leste</p> Daniel De Lucca Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 556 560 História e historiografia da imprensa angolana oitocentista: arquivos, acervos e fontes https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1893 <p>Imprensa, Acervos, Angola Oitocentista</p> Eduardo Antonio Estevam Santos Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 561 565 Breve notícia sobre os arquivos e acervos de língua portuguesa em Goa https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1894 <p>Goa; Arquivo; Biblioteca; Colonialismo</p> Cibele Aldrovandi Helder Garmes Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 566 569 O marfim africano na história do Índico: notas sobre fontes e acervos https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1895 <p>Cultura material, Estado da Índia, Marfim, Redes Afro-asiáticas</p> Jorge Lúzio Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 570 574 Fontes para a história africana nos arquivos brasileiros: iniciativas e horizontes https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1896 <p>Acervos brasileiros, Arquivos, História da África</p> Lucilene Reginaldo Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 575 579 A Ásia na Seção de Manuscritos na Biblioteca Nacional do Brasil https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1897 <p>Ásia; Fundação Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro); Manuscritos; Inquisição de Goa</p> Patricia Souza de Faria Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 580 583 Aspectos da historiografia de Moçambique visto do Índico https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1898 <p>Oceano Índico, África Oriental, Metodologia</p> Thiago de Araujo Folador Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 584 587 Cidade memória e literatura: uma história construída a partir de da obra literária pelos caminhos da vida ... de uma professora primária de Maria Feijó de Souza. https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1902 <p>Aqui se fará uma breve reflexão acerca dos processos de elaboração do texto literário, tendo como base o livro “Pelos Caminhos da vida ... de uma professora primária”, escrito por Maria Feijó de Souza (1918-2001), no qual a escritora procura construir uma história da sua cidade natal, valendo-se de suas reminiscências e utilizando-se largamente de técnicas ficcionais, na tentativa de tirar o caráter autobiográfico de sua empreitada narrativa. A fim de refletir aos leitores uma compreensão de que tomar esta obra literária como fonte para a &nbsp;memória coletiva da cidade é uma possibilidade a ser considerada, na medida em que, ao desenvolver a trama e construir o enredo no qual entrelaça os personagens, a escritora dá ao leitor pistas para identificar circunstâncias, eventos do cotidiano, situações sociais, políticas e culturais da cidade retratada. Isso possibilita a obra literária, em sua função histórica, ser tomada como uma excelente fonte para a pesquisa historiográfica</p> José Jorge Andrade Damasceno Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 2 27 A ficção e a história: https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1901 <p>Este estudo é o resultado de uma pesquisa que possui em seu esteio o romance de Herberto Sales (1917-1999). O ponto de convergência considerado é a cartografia cultural baiana, em outras palavras, como a Bahia é representada na obra do escritor. A pesquisa foi realizada com o propósito de analisar as representações culturais em três romances do escritor baiano: <em>Cascalho</em> (1944); <em>Além dos marimbus</em> (1961); e, <em>Os Pareceres do tempo </em>(1984. O estudo identificou uma consonância do plano literário com o social e histórico. A fazer do cronista um sujeito histórico, um narrador da história, segundo Walter Benjamin. Na construção do estudo, utiliza-se como referencial teórico-metodológico a Literatura em diálogo com a História</p> Joabson Lima Figueiredo Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 28 57 Andreza Maria do Espírito Santo: https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1899 <p>Esse artigo aborda parte da trajetória de Andreza Maria do Espírito Santo, mulata liberta, que foi negociante e acumulou riqueza. Através dela, busquei compreender aspectos da escravidão, da mobilidade social e das relações de compadrio da população negra de Morro do Chapéu, Bahia, durante o Oitocentos. O recorte espacial é a Vila de Nossa Senhora da Graça do Morro do Chapéu, cuja economia era baseada na mineração, na policultura, na criação e no comércio de gado. Sua população era majoritariamente de pardos e pretos, que interagiam numa sociedade fortemente hierarquizada. Para seguir essa personagem, utilizei procedimentos da trajetória e da micro-história, com uso da ligação nominativa. As principais fontes foram inventários, testamentos, livros de nota, livros de batismo e casamento.</p> Sheyla Oliveira Carvalho Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 58 87 A Agência das Mulheres Africanas na Educação: https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1900 <p>O presente artigo propõe uma abordagem sobre a experiência de ativismo em África, centrado na agência das mulheres africanas do continente. Neste exercício de teorização concebemos a proposta epistemológica de afrocentrada como fundamento para promover dinâmica e desenvolvimento cultural, educacional e espiritual dos povos africanos. Partimos das seguintes questões: qual é a nossa agência no processo de Redenção da África? Quais são estratégias que podem potencializar a unidade como mecanismo no processo e libertação e restauração de Maat? Este trabalho apresenta objetivos, metodologias e resultados de um conjunto de ações resultantes da iniciativa coletiva, que tem promovido espaço de reflexões e troca de saberes que promovem a consciência histórica e educação assente na matriz civilizatória africana. Nessa encruzilhada em que reuni as famílias da comunidade de Achada Baleia, em parceria com alguns movimentos sociais cabo-verdianos, pretendemos firmar o nosso compromisso no processo de libertação das mulheres, crianças e homens da nossa comunidade e despoletar um conjunto de problemas emblemáticos, que urgem ser discutidos e pesquisados a partir da valorização do nosso sistema cultural, concebendo os (as) africanos (as) como agentes e protagonistas da própria história, visando à superação do sistema dominação neocolonial e racismo estrutural.</p> Rutte Tavares-Cardoso Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 88 109 Cabo Verde: a construção do sistema alimentar no processo histórico https://revistas.unilab.edu.br/index.php/capoeira/article/view/1903 <p>Este texto é uma parte do relatório do estágio pós-doutoral na Universidade de Santiago, em Cabo Verde, realizado com recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia, Invocação e Comunicações do Brasil(MCTIC), no âmbito do Projeto Fortalecimento do Ensino, Pesquisa e Extensão para a Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa(CPLP) e na UNILAB.&nbsp; Com este texto visamos analisar o processo histórico que permitiu a criação de um sistema alimentar em Cabo Verde, levando em consideração os atravessamentos e particularidades do período colonial, os condicionamentos administrativos das terras e as reações das forças trabalhos na qualidade de escravizadas, livres e dependentes. Partimos de uma análise que tem como princípio um olhar <em>Sankofa</em>, isto é uma retrospectiva hermenêutica baseada na ruptura do pós-independência.</p> Pedro Acosta-Leyva Copyright (c) 2024 Capoeira - Humanidades e Letras 2024-10-04 2024-10-04 9 1 110 139