A Agência das Mulheres Africanas na Educação:
a experiência de Koperati-va Per Ankh em Cabo Verde
Resumo
O presente artigo propõe uma abordagem sobre a experiência de ativismo em África, centrado na agência das mulheres africanas do continente. Neste exercício de teorização concebemos a proposta epistemológica de afrocentrada como fundamento para promover dinâmica e desenvolvimento cultural, educacional e espiritual dos povos africanos. Partimos das seguintes questões: qual é a nossa agência no processo de Redenção da África? Quais são estratégias que podem potencializar a unidade como mecanismo no processo e libertação e restauração de Maat? Este trabalho apresenta objetivos, metodologias e resultados de um conjunto de ações resultantes da iniciativa coletiva, que tem promovido espaço de reflexões e troca de saberes que promovem a consciência histórica e educação assente na matriz civilizatória africana. Nessa encruzilhada em que reuni as famílias da comunidade de Achada Baleia, em parceria com alguns movimentos sociais cabo-verdianos, pretendemos firmar o nosso compromisso no processo de libertação das mulheres, crianças e homens da nossa comunidade e despoletar um conjunto de problemas emblemáticos, que urgem ser discutidos e pesquisados a partir da valorização do nosso sistema cultural, concebendo os (as) africanos (as) como agentes e protagonistas da própria história, visando à superação do sistema dominação neocolonial e racismo estrutural.