Andreza Maria do Espírito Santo:
trajetória de uma liberta na Chapada Diamantina (Morro do Chapéu, Bahia, século XIX)
Resumo
Esse artigo aborda parte da trajetória de Andreza Maria do Espírito Santo, mulata liberta, que foi negociante e acumulou riqueza. Através dela, busquei compreender aspectos da escravidão, da mobilidade social e das relações de compadrio da população negra de Morro do Chapéu, Bahia, durante o Oitocentos. O recorte espacial é a Vila de Nossa Senhora da Graça do Morro do Chapéu, cuja economia era baseada na mineração, na policultura, na criação e no comércio de gado. Sua população era majoritariamente de pardos e pretos, que interagiam numa sociedade fortemente hierarquizada. Para seguir essa personagem, utilizei procedimentos da trajetória e da micro-história, com uso da ligação nominativa. As principais fontes foram inventários, testamentos, livros de nota, livros de batismo e casamento.