O sistema educacional no pós-independência santomense

Autores

  • Dandara Matos Unicamp

Resumo

O presente trabalho propõe-se a exemplificar, através dos textos do jornal Revolução, os caminhos e dilemas na organização do ensino em São Tomé e Príncipe no início do pós-independência. Em 12 de julho de 1975, o pequeno país insular assinou sua independência. Nos primeiros anos o governo rearranjou as estruturas existentes no território, antes sob comando de Portugal. Uma das áreas mais complicadas foi a educação, onde as infraestruturas eram precárias e os recursos humanos, escassos. Os desafios, as novas linhas ideológicas, as alianças e dilemas da forma que a educação deveria ser conduzida refletiram nos textos do jornal Revolução. O jornal era institucional, pertencente ao Ministério de Telecomunicações, respondendo de forma direta aos direcionamentos do governo de partido único do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP). Com a Proclamação da Independência, nascia também uma nova narrativa histórica sobre os fatos ocorridos nas ilhas, porém, naquele momento, com o olhar dos nacionalistas santomenses. A análise do jornal pode nos dar um panorama do cenário da época. A ideia deste artigo não é aprofundar o tema, mas apresentar a conjuntura inicial da educação pós-dia 12 de julho de 1975.

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Publicado

04-10-2024