REVISTA ENCONTROS BAOBÁ
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<p>A <strong>Revista Encontros Baobá</strong> é uma publicação científica, vinculada à UNILAB, fundada em 2025, em formato eletrônico. Trata-se de uma publicação contínua, com edição anual, e visa publicar estudos e pesquisas interdisciplinares, inéditas, nas áreas de Psicologia, Sociedade, Saúde, Educação, Tecnologia e Natureza. Foi criada a partir do Laboratório de Pesquisa em Subjetividades, Tecnologias Sociais e Ambiente (LAPDEA), Grupo de Pesquisa do CNPq. A Revista se ancora em eixos que se comunicam com os cursos de graduação da UNILAB.</p> <p> </p> <p> </p> <p> </p> <p> </p> <p> </p>Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB)pt-BRREVISTA ENCONTROS BAOBÁA TRAJETÓRIA DE UMA MULHER PERIFÉRICA NA CATAÇÃO E NA LUTA AMBIENTAL
https://revistas.unilab.edu.br/encontrosbaoba/article/view/2517
<p>O objetivo deste estudo foi analisar a percepção de uma catadora de materiais recicláveis, Ísis, sobre seu trabalho em Acarape (CE). Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, de caráter descritivo e interpretativo, cujos dados constituem um recorte de dissertação de mestrado, realizado na cidade de Acarape, no estado do Ceará, Brasil, com 19 catadoras(es) de resíduos sólidos urbanos. A pesquisa utilizou o método etnográfico da caminhada para compreender a rotina da profissional, revelando as precárias condições estruturais da atividade, marcada por invisibilidade social, estigmas e descumprimento de promessas institucionais, mas também estratégias adaptativas e redes de solidariedade socioambiental construídas ao longo de sua prática diária de coleta de resíduos em Redenção e Acarape. Isis demonstrou possuir conhecimentos técnicos especializados, adquiridos na prática, e a atividade é reinventada como estratégia de sobrevivência e resistência, especialmente pelas mulheres. A pesquisa também evidencia os avanços e contradições no processo de formalização da coleta seletiva, como a introdução de equipamentos de proteção individual e novas tecnologias, que coexistem com a persistência de desigualdades e precariedades. Através da ecologia política, o estudo posiciona os catadores como agentes da bioeconomia circular e da justiça ambiental, subvertendo a lógica do descarte e desafiando estruturas socioeconômicas excludentes. Conclui-se que o reconhecimento social e político dos catadores é fundamental para fortalecer a sustentabilidade urbana e enfrentar as assimetrias socioambientais. A valorização desses profissionais passa, antes de tudo, pelo reconhecimento da importância do seu trabalho e pela garantia de um ambiente digno e seguro.</p> <p> </p>Francisca Pereira PaivaMaria Ivanilda de AguiarLívia Paulia Ribeiro DiasFátima Maria Araújo Bertini
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2025-11-132025-11-1311AS EXPERIÊNCIAS MIGRATÓRIAS PARA ÁFRICA DO SUL:
https://revistas.unilab.edu.br/encontrosbaoba/article/view/2550
<p>Ao estudar as experiências migratórias para a África do Sul, o presente artigo mostra como é que os cidadãos dos territórios vizinhos da África do Sul responderam às oportunidades de emprego existentes ao longo do tempo desde o período da economia agrária, economia mineira e, no período depois de 1994, continuaram em busca de oportunidades, por meio da emigração ilegal, cujas consequências são descritas ao longo do presente texto. O artigo pretende contribuir para o estudo dos novos fenómenos sociais e económicos relacionados com as migrações na África austral, mostrando que, apesar de ser um processo antigo, envolvendo povos de toda a região, actualmente está acompanhado de certos males sociais que foram pouco abordados por muitos estudiosos da matéria para a sua elaboração. Nesse estudo, houve recurso ao método bibliográfico e à história de vida.</p>Victor Simões Henrique
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2025-11-132025-11-1311CONTEXTO DE TRABALHO DO MATRICIAMENTO EM SAÚDE MENTAL - PROPOSIÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE SUPORTE ÀS EQUIPES
https://revistas.unilab.edu.br/encontrosbaoba/article/view/2437
<p><strong>Introdução: </strong>Diante do aumento de notificações de transtornos mentais na população brasileira, sobretudo na atual conjuntura de vulnerabilidades socioeconômicas, o matriciamento é acionado ante à busca de uma maior qualificação do cuidado. Assim, com suporte em revisão sistemática e bibliométrica, objetiva-se propor o desenho de diretrizes para a gestão do processo de Matriciamento em Saúde Mental, dialogando com as dimensões do contexto do trabalho. <strong>Metodologia: </strong>A pesquisa, possui natureza qualitativa e adotou duas abordagens metodológicas relacionadas à revisão de literatura: a bibliometria, análise lexical e a revisão sistemática. <strong>Resultados: </strong>Foram apresentadas discussões baseadas em rede temática, no plano cartesiano a partir de cluster de termos, e aprofundamento compreensível em pesquisas com maior disseminação acadêmico-científica. Os resultados sugerem a necessidade de um modelo de processo de matriciamento, à medida que foram identificados desafios enfrentados pelas equipes, especialmente relacionados ao contexto de trabalho. <strong>Considerações Finais: </strong>Para tanto, a pesquisa contribui em duas vertentes: no âmbito acadêmico, ao sistematizar e integrar estudos, apresentando um panorama atualizado sobre o matriciamento em saúde mental; e, no âmbito prático, ao propor 8 diretrizes para gestores e profissionais atuantes no contexto da Rede de Atenção Psicossocial na perspectiva de orientar políticas públicas e práticas organizacionais mais efetivas, colaborativas e centradas no cuidado integral. </p>Fernando Gervásio GonçalvesCarmen Liconde Carlos FernandoMarcleide Sampaio OliveiraFabiana Pinto de Almeida Bizarria
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2025-11-132025-11-1311CUIDADO EM SAÚDE MENTAL E APOIO MATRICIAL
https://revistas.unilab.edu.br/encontrosbaoba/article/view/2485
<p>As transformações nas práticas de cuidado em saúde mental no Brasil refletem aconstrução de um modelo centrado na cidadania e na inclusão social de pessoas em sofrimento psíquico. A Reforma Psiquiátrica constituiu um marco na transformação das políticas ao propor a substituição do modelo hospitalocêntrico por práticas de cuidado comunitárias e humanizadas. Assim, o apoio matricial consolidou-se como uma estratégia<br>para integrar as ações de saúde mental à atenção primária, por meio da articulação entre equipes especializadas e da Estratégia de Saúde da Família. Este artigo tem como objetivo identificar as ferramentas do apoio matricial voltadas ao cuidado em saúde mental, a partir da análise de documentos normativos e técnicos. Trata-se de uma pesquisa documental, de abordagem qualitativa, realizada no período de janeiro a abril de 2025, vinculada ao projeto “Tecnologia e inovação no matriciamento em saúde mental”. Foram analisadas leis, portarias, notas técnicas, resoluções e o Guia Prático de Matriciamento, totalizando 14 documentos oficiais do Ministério da Saúde. A análise evidenciou um conjunto de ferramentas categorizadas em dimensões técnica, assistencial e gerencial, como o Projeto Terapêutico Singular, a Educação Permanente, o acolhimento, a visita domiciliar conjunta e os grupos terapêuticos. A efetividade dessas práticas, no entanto, depende de recursos materiais, humanos e estruturais, como transporte, internet e articulação intersetorial.<br>Conclui-se que o apoio matricial é um dispositivo estratégico para a consolidação da Rede de Atenção Psicossocial, exigindo investimentos contínuos, capacitação profissional e políticas públicas comprometidas com o fortalecimento do SUS e da atenção integral à saúde mental.</p>Luanda Flor RodriguesEysler Gonçalves Maia BrasilFátima Maria Araújo BertiniSilma Claudina Salvador Ulica
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2025-11-132025-11-1311REPRESENTAÇÕES MIDIÁTICAS E SAÚDE: SUJEITO, PODER E RESISTÊNCIA NA ANÁLISE DISCURSIVA
https://revistas.unilab.edu.br/encontrosbaoba/article/view/2525
<p>Com base nos estudos de Howarth, Hall e Moscovici, propomos uma leitura das mídias a partir de seus campos discursivos, ancorada em uma perspectiva político-psicológica das representações. Tal abordagem busca apreender os atravessamentos históricos, culturais e sociais. Com isso, ao buscar as representações midiáticas sobre a saúde, o percurso metodológico considerará as formações discursivas ligadas aos sentidos de saúde e doença como campo em disputa onde encontramos as identidades, as diferenças, as dinâmicas de poder, as ideologias, as formas de resistências e as tensões que estruturam a vida social, acrescentando construções críticas nos estudos em saúde, considerando também as autoridades, cenografias e posicionamentos presentes nos discursos e como constroem verdades e saberes sobre os sujeitos saudáveis e doentes. Essa perspectiva pode auxiliar o campo da comunicação em saúde propondo pesquisas que investigam a interface entre mídia e saúde mental que investigam as práticas discursivas sociais em diversos artefatos culturais físicos e digitais. O presente artigo não encerra as discussões metodológicas, mas propõe mais uma possibilidade de analisar a mídia em movimento e não de forma cristalizada e fixa. Essa relação garante uma leitura das mídias mais comprometida com os emaranhados políticos e psicológicos. A saúde não pode ser vista apenas no seu campo biológico, excluindo todas as formas de vivência e experiências concretas do cotidiano.</p>Eder Ahmad Charaf Eddine
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2025-11-132025-11-1311MÃOS EM PUNHO:
https://revistas.unilab.edu.br/encontrosbaoba/article/view/2552
<p>O presente artigo tem o objetivo de analisar o gênero crônica na produção literária do escritor José Eduardo Agualusa, com destaque para treze delas publicadas no jornal português <em>Visão</em>, entre 2019 e 2020. Agualusa reforça, em <em>Os Vivos e os Outros</em>, que a palavra é o motor da história. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava voltado para Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1,1). O romance trata do fim do mundo, mas têm um lado redentor: o de que é possível recomeçar o mundo pela palavra. A proposta da investigação foi identificar temas recorrentes, como guerras de independência, pós-colonialismo, democracias em xeque, corrupção, personagens colhidos da História ou da memória afetiva do autor, presentes em outras produções (romances, contos, poesia e literatura infantil). O estudo demonstrou que a presença de elementos comuns em gêneros literários que transitam entre si sugere um estilo, ora intitulado “poética da revolução”. Não se trata de algo exclusivo de Agualusa, longe disso, é uma característica bem marcada de outros escritores e escritoras de literatura africana. Acredita-se, assim, contribuir com novas perspectivas para os Estudos Literários, especialmente relacionados a estudos pós-coloniais. Na fundamentação teórica, apresentam-se algumas hipóteses para as questões levantadas. São elencados os principais temas tratados pelo escritor angolano em treze crônicas publicadas entre 2019 e 2020, que vão da resistência ao animismo, passando pela poesia do cotidiano.</p>Francisca Luciana Sousa da Silva
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2025-11-132025-11-1311MANUAL ESCOLAR ÚNICO EM ANGOLA E DIVERSIDADE LINGUÍSTICA:
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<p>O ensino da Língua Portuguesa em Angola tem sido estruturado, sobretudo nas classes iniciais, a partir de um único manual escolar nacional. Tal padronização, embora facilite a organização curricular, tem suscitado críticas de estudiosos e profissionais da educação que destacam sua limitada adequação ao contexto sociolinguístico do país. Angola caracteriza-se por uma pluralidade de línguas nacionais, que coexistem com o português em situações de bilinguismo e multiliguismo. No entanto, o manual vigente tende a apresentar o português como língua materna de todos os alunos, desconsiderando que, para a maioria, trata-se de uma segunda ou mesmo terceira língua, principalmente em regiões rurais e fronteiriças. Essa abordagem ignora diferenças culturais e linguísticas, resultando em dificuldades de aprendizagem, baixa motivação e desigualdade de oportunidades no percurso escolar. O presente estudo tem como objetivo analisar criticamente os impactos da utilização de um único manual padronizado, baseado quase exclusivamente na gramática normativa, sobre alunos com diferentes repertórios linguísticos. A investigação fundamenta-se em revisão bibliográfica, análise de documentos oficiais do setor educativo e observações empíricas realizadas em salas de aula de contextos urbanos e rurais. Pretende-se, assim, evidenciar os limites de uma prática uniformizadora e ressaltar a necessidade de políticas pedagógicas mais inclusivas, capazes de valorizar a diversidade linguística e cultural do país. Em última instância, o trabalho propõe reflexões que possam contribuir para a formulação de materiais didáticos contextualizados e para o fortalecimento de uma educação linguística que seja, ao mesmo tempo, eficaz e socialmente justa.</p>Eduardo David Ndombele
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2025-11-132025-11-1311PAISAGEM URBANA EM QUESTÃO:
https://revistas.unilab.edu.br/encontrosbaoba/article/view/2549
<p>O presente artigo discute a relação entre a paisagem urbana e a identidade humana, <br>abordando como a urbanização e a despersonalização afetam a convivência entre o <br>homem e seu ambiente. A partir de abordagens teóricas de autores como Carl Sauer, <br>Augustin Berque, Denis Cosgrove e Georg Simmel, são discutidas as dimensões física, <br>cultural e simbólica da paisagem, além de sua influência na formação de vínculos <br>sociais e afetivos. A paisagem urbana é um reflexo da interação entre o homem e o <br>ambiente, revelando aspectos sociais e culturais, sendo uma mistura de elementos físicos <br>e culturais, como pessoas, edifícios e natureza. Essa interação é fundamental para a <br>compreensão da paisagem urbana. O crescimento das cidades e a massificação resultam <br>em uma paisagem que carece de identidade e conexão humana. A análise da paisagem <br>urbana pode revelar como os indivíduos se organizam socialmente e criam territórios. A <br>análise conceitualiza o conceito de paisagem evoluiu ao longo da história, refletindo <br>mudanças nas relações humanas com o ambiente. Há a compreensão que a paisagem é <br>reconhecida como um bem coletivo, mas sua definição jurídica ainda é problemática. </p> <p>Sendo assim, o direito à cidade está interligado ao direito à paisagem, ambos dependem <br>da participação coletiva. A transformação da cidade deve ser um exercício de poder <br>coletivo, não apenas individual. Dessa forma, o direito à cidade está interligado ao <br>direito à paisagem, de forma que a transformação da cidade deve ser um exercício <br>de poder coletivo.</p>Silvia Heleny Gomes da Silva
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2025-11-132025-11-1311PRÁXIS PSICOSSOCIAL DE SUPERAÇÃO DO TRAUMA NO MASSACRE DE FELISBURGO
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<p>Este artigo aborda os aspectos teórico-metodológicos da pesquisa-intervenção realizada no acampamento Terra Prometida, localizado na cidade de Felisburgo (MG), onde ocorreu um massacre contra trabalhadores rurais sem-terra, no ano de 2004, que ficou conhecido como o Massacre de Felisburgo. Considerada uma práxis interventiva, teve como objetivo principal buscar subsídios no sentido de produzir uma terapêutica comunitária em casos de violência extrema e trauma psicossocial. Fundamenta-se nos postulados da Psicologia da Libertação, da Psicologia Sócio-Histórica e apresenta-se uma contribuição específica da práxis formulada no decorrer da intervenção, que diz respeito à utilização da memória histórica (Martín-Baró) e da teoria dos afetos políticos (Sawaia). Assim, descrevemos e dialogamos sobre os pressupostos da Psicologia da Libertação e da Psicologia Sócio-Histórica; relatamos nossa participação na construção de uma Psicologia voltada para a questão da terra e dos povos do campo; e apresentamos uma contribuição específica da práxis formulada no decorrer da intervenção, que diz respeito à utilização da memória histórica e da teoria dos afetos políticos. Além disso, fica demonstrada a possibilidade de a Psicologia Social atuar nos níveis micro, meso e macrossociais. Para tanto, apresentamos um relato das intervenções e finalizamos com uma análise da avaliação dos sujeitos participantes em relação à pesquisa.</p> <p> </p>Fabiana de Andrade Campos CamposRenata Bastos Ferreira Antipoff
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2025-11-132025-11-1311PSICOLOGIA AMBIENTAL PARA O ESTUDO DO AMBIENTE
https://revistas.unilab.edu.br/encontrosbaoba/article/view/2541
<p>O presente artigo trata acerca da conceituação da Psicologia Ambiental, área da Psicologia que investiga as reciprocidades entre pessoa e ambiente, no entendimento que a pessoa age sobre o ambiente, influencia-no, reestrutura-no, ao passo que o ambiente também a influencia, possui um efeito sobre a mesma, pode modificar o comportamento ou as condutas. Essa compreensão dá ênfase ao fato de que a Psicologia Ambiental não estuda o ambiente como foco único e particular ou o indivíduo restrito aos seus processos mentais. Mas, ambiente e indivíduo são analisados no nível das inter-relações entre eles, em suas dinâmicas específicas. Para a análise conceitual, coloca-se a concepção histórico-cultural da relação pessoa-ambiente. Nessa concepção histórico-cultural da relação pessoa-ambiente leva-se em conta que este ambiente, construído socialmente, denota uma dimensão de uma subjetividade que se faz na relação com o mundo, representando o potencial de intervenção das pessoas para a transformação da realidade, ao mesmo tempo em que as pessoas transformam a si mesmas. Para o delineamento teórico, apresenta-se as categorias da Psicologia Ambiental, tais como Identidade de Lugar, Simbolismo do espaço e Apropriação do espaço. Ao se vincular a relação de em estar subjetivo e Psicologia Ambiental, compreende-se que conviver nos ambientes perpassa pela humanização dos espaços, na medida em que os ambientes naturais ou construídos fazem parte dos processos de construção histórico-cultural das sociedades, imprimindo naqueles os aspectos subjetivos e afetivos das relações humano-ambientais.</p>Fátima Maria Araújo Bertini
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2025-11-132025-11-1311ESTRATÉGIAS PARA DIVULGAÇÃO DO “MEU SUS DIGITAL” E “EQUIDADE SUS”:
https://revistas.unilab.edu.br/encontrosbaoba/article/view/2539
<p>O artigo apresenta um relato de experiência desenvolvido no âmbito do Programa<br />PET-Saúde: Equidade da UNILAB, com foco na divulgação das ferramentas digitais “Meu<br />SUS Digital” e “Equidade SUS” como estratégias de inclusão em saúde. As ações foram<br />realizadas entre 2024 e 2025, envolvendo estudantes dos cursos de Farmácia, Enfermagem,<br />Serviço Social e Pedagogia, em articulação com profissionais da rede de saúde e a<br />comunidade de municípios do Ceará. Por meio de atividades educativas, extensionistas e<br />interprofissionais, foram promovidas oficinas, palestras, rodas de conversa, exibição de<br />materiais informativos e campanhas de conscientização, como no Outubro Rosa, fortalecendo<br />o diálogo entre universidade, serviço e sociedade. As ações possibilitaram a divulgação das<br />plataformas digitais do SUS, ampliando o acesso da população a informações e serviços de<br />saúde e estimulando a reflexão crítica sobre equidade de gênero, raça, etnia e deficiência. Os<br />resultados demonstraram que a inserção das tecnologias digitais, aliada a práticas de educação<br />em saúde, contribui para reduzir desigualdades, potencializar a inclusão social e promover<br />maior autonomia dos usuários no cuidado com sua saúde. Além disso, a participação dos<br />bolsistas favoreceu o desenvolvimento de competências interprofissionais, ampliando sua<br />formação acadêmica e preparando-os para atuar em contextos de vulnerabilidade social.<br />Evidenciou-se que a integração entre tecnologia, educação e participação comunitária<br />fortalece a equidade no SUS e reafirma a relevância de políticas públicas de saúde pautadas<br />na universalidade, integralidade e justiça social. Assim, a experiência relatada reforça o papel<br />transformador do PET-Saúde na construção de práticas inclusivas e democráticas em saúde.</p>João Victor de Sousa SantosAntonia Rayane do Nascimento LimaAntónio André FulaFátima Maria Araújo Bertini
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2025-11-132025-11-1311GÊNERO E SAÚDE NO SUS:
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<p>O reconhecimento e o respeito às diversidades de gênero permanecem como desafios essenciais para a efetivação da equidade no Sistema Único de Saúde (SUS), apesar dos avanços sociais recentes. A persistência de concepções baseadas no binarismo biológico reforça práticas discriminatórias e produz invisibilidades que comprometem o acesso e o cuidado integral, especialmente para pessoas trans e outras identidades dissidentes. Diante desse contexto, este estudo apresenta uma revisão narrativa da literatura sobre gênero, identidade de gênero e sexualidade, articulada ao relato de uma experiência formativa realizada com trabalhadoras do SUS no município de Baturité (CE), vinculada ao Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde/UNILAB), entre 2024 e 2025. As ações, desenvolvidas por meio de rodas de conversa, palestras e estratégias participativas, fomentaram reflexão crítica, escuta qualificada e compartilhamento de vivências, contribuindo para práticas profissionais humanizadas e comprometidas com os direitos humanos. Os resultados evidenciam que processos formativos contínuos, fundamentados na educação popular e na articulação ensino-serviço, são fundamentais para qualificar o cuidado às populações vulnerabilizadas e enfrentar as violências de gênero no território. Conclui-se que iniciativas extensionistas como esta fortalecem o SUS na promoção da equidade, da justiça social e da valorização das diversidades humanas.</p>Diva Nilda Cunha SalesAntonia Raquel Da Silva RochaThais Lima de CastroStella Maia Barbosa
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2025-11-132025-11-1311EDITORIAL
https://revistas.unilab.edu.br/encontrosbaoba/article/view/2556
<p>É com grande alegria e compromisso que apresento a primeira edição da Revista Encontros Baobá, publicação científica vinculada à Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), por meio do LAPDEA - Laboratório de Pesquisa em Subjetividades, Tecnologias Sociais e Ambiente - Grupo de Pesquisa do CNPq. Este lançamento marca o início de uma trajetória dedicada à difusão de saberes, à valorização dos territórios e à construção de pontes entre ciência, cultura e sociedade.<br>Fundada em 2025, a Revista Encontros Baobá nasce como espaço de diálogo interdisciplinar, voltado à publicação de estudos e pesquisas inéditas nas áreas de Psicologia, Sociedade, Saúde, Educação, Tecnologia e Natureza. Em formato eletrônico e de publicação contínua, sua proposta é acompanhar o dinamismo das produções contemporâneas, sem perder de vista a profundidade dos encontros que constituem o conhecimento científico e cultural.<br>A Revista é vinculada ao Laboratório de Pesquisa em Subjetividades, Tecnologias Sociais e Ambiente (LAPDEA/CNPq), grupo que tem se dedicado às linhas de pesquisa que o constituem — voltadas ao conhecimento sobre subjetividades, tecnologias sociais e às relações entre ser humano e ambiente – expressando o compromisso com a diversidade epistemológica e com o diálogo entre diferentes formas de saber.<br>Inspirada no Baobá, árvore símbolo de resistência, ancestralidade e sabedoria, a Revista se propõe a ser um território fértil de trocas, abrigo de vozes múltiplas e semeadora de novas ideias. Os encontros aqui reunidos refletem o desejo de cultivar o compromisso ético-político com a ciência, comprometida com a vida e com a transformação social, na perspectiva pluriepistêmica do conhecimento.<br>A cada edição, a Revista Encontros Baobá se apresenta não apenas como um espaço de publicação científica, mas como um convite à escuta, à partilha e à criação coletiva do conhecimento.<br>Que esta primeira edição inaugure uma caminhada marcada pela potência dos encontros, pelo respeito à diversidade e pelo acreditar na reflexão como ato de criação de novos nexos consigo mesmo e com a realidade que vivemos.<br>Profa. Dra. Fátima Maria Araújo Bertini<br>Editora-Chefe<br>Revista Encontros Baobá — UNILAB, 2025<br>Redenção – Ceará – Brasil.<br>Quinta-feira, 13 de novembro de 2025.<br>4º Dia da 30º COPE - Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, em Belém-Pará-Brasil.<br>(Dia Internacional da Bondade)</p>FATIMA MARIA ARAUJO BERTINI
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2025-11-132025-11-1311