PRÁXIS PSICOSSOCIAL DE SUPERAÇÃO DO TRAUMA NO MASSACRE DE FELISBURGO
Resumo
Este artigo aborda os aspectos teórico-metodológicos da pesquisa-intervenção realizada no acampamento Terra Prometida, localizado na cidade de Felisburgo (MG), onde ocorreu um massacre contra trabalhadores rurais sem-terra, no ano de 2004, que ficou conhecido como o Massacre de Felisburgo. Considerada uma práxis interventiva, teve como objetivo principal buscar subsídios no sentido de produzir uma terapêutica comunitária em casos de violência extrema e trauma psicossocial. Fundamenta-se nos postulados da Psicologia da Libertação, da Psicologia Sócio-Histórica e apresenta-se uma contribuição específica da práxis formulada no decorrer da intervenção, que diz respeito à utilização da memória histórica (Martín-Baró) e da teoria dos afetos políticos (Sawaia). Assim, descrevemos e dialogamos sobre os pressupostos da Psicologia da Libertação e da Psicologia Sócio-Histórica; relatamos nossa participação na construção de uma Psicologia voltada para a questão da terra e dos povos do campo; e apresentamos uma contribuição específica da práxis formulada no decorrer da intervenção, que diz respeito à utilização da memória histórica e da teoria dos afetos políticos. Além disso, fica demonstrada a possibilidade de a Psicologia Social atuar nos níveis micro, meso e macrossociais. Para tanto, apresentamos um relato das intervenções e finalizamos com uma análise da avaliação dos sujeitos participantes em relação à pesquisa.
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